Louis Dreyfus prevê elevar moagem de cana em 12% em 2013/14
Moagem total seria de 33 milhões de toneladas, o que poderá ajudar a empresa a reverter os prejuízos recentes, disse nesta quarta-feira o presidente da companhia
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2013 às 16h22.
São Paulo - A Biosev, divisão de energia da francesa Louis Dreyfus Commodities no Brasil, prevê elevar a moagem de cana em 12 % em 2013/14, para 33 milhões de toneladas, o que poderá ajudar a empresa a reverter os prejuízos recentes, disse nesta quarta-feira o presidente da companhia.
"Estamos crescendo de maneira saudável, enchendo nossas plantas. Isso se vê no nosso faturamento e na nossa geração de caixa", afirmou o presidente-executivo da Biosev, Christophe Akli, em entrevista à Reuters.
O executivo observou que a companhia investiu 1,3 bilhão de reais nos ativos durante a temporada passada, estável com o ano anterior, o que permitiu a renovação dos canaviais, resultando em um esperado aumento de produtividade e uso da capacidade em 13/14.
"Fizemos mais com o mesmo dinheiro... Isso é importante, a gente investiu, plantou 4 % a mais e mecanizou mais o nosso canavial...", disse o executivo, após a divulgação de seu primeiro resultado financeiro após a Oferta Pública de Ações.
A segunda produtora de açúcar e etanol do Brasil, atrás da Raízen, do grupo Cosan, divulgou na terça-feira prejuízo líquido de 185,4 milhões de reais no último trimestre referente à safra 12/13.
A companhia prevê elevar o uso da capacidade de moagem de cana a 87 % em 13/14, ante 73,7 % no ciclo anterior, segundo o executivo.
A empresa estima produção de açúcar em 2,1 milhões de toneladas em 13/14, praticamente o mesmo volume do ano anterior, e projeta produção de etanol em 1,3 bilhões de litros, crescimento de 300 milhões de litros ante 12/13.
Do total previsto de açúcar na temporada, Akli disse que 98 % foi vendido antecipadamente a 45 centavos de real por libra-peso. "Quem for ao mercado agora para vender, se não estiver hedgeado, consegue 34 centavos de real/lb", estimou.
Às 15h45, as ações da Biosev tinham alta de 0,45 %.
Expansão
A Biosev deu início a um processo de expansão e otimização do uso da capacidade e prevê elevar a capacidade de moagem em 6 milhões de toneladas, sobre as atuais 38 milhões de toneladas em capacidade instalada.
O executivo não especificou um prazo para esta expansão projetada, ressaltando que isso dependerá das condições do mercado.
Akli descartou, por ora, investimentos em "greenfields" (novos projetos) dada à condição pouco favorável do mercado.
"Acreditamos na sacarose, no potencial do açúcar, etanol e energia... mas o cenário agora favorece todo o trabalho para otimizar o uso do ativo existente", acrescentou.
Arrumação
O executivo disse que enxerga um futuro favorável para o setor, pela expectativa de crescimento de 2 % no consumo global de açúcar e pelo cenário positivo ao etanol no Brasil e no mundo, com as leis que preveem um maior uso do combustível renovável. Por isso, a empresa vem se estruturando para garantir melhor desempenho no segmento.
A companhia reduziu e alongou o vencimento das dívidas. Em dezembro de 2012, a dívida somava 4,7 bilhões de reais, com 40 % dos vencimentos no curto prazo. Ao final de março, a dívida recuou para 3,9 bilhões de reais, com 30 % vencendo no curto prazo.
A Biosev fez oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em abril levantando pouco mais de 700 milhões de reais, dos quais 30 % foram usados para pagamento de dívidas e o restante será utilizado para otimizar o uso das plantas da companhia e manter crescimento.
Os recursos do IPO também ajudam a companhia a reduzir a alavancagem da companhia, trazendo a níveis semelhantes aos de seus concorrentes com capital aberto.
A relação entre dívida líquida e a geração de caixa operacional medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortização da Biosev recuou para 3 vezes no final de março, ante 4,1 vezes no final de 2012.
O diretor de Relação com Investidores, Marco Antonio Modesti, explicou que com a entrada de recursos do IPO em abril a relação recua para 2,5 vezes.
São Paulo - A Biosev, divisão de energia da francesa Louis Dreyfus Commodities no Brasil, prevê elevar a moagem de cana em 12 % em 2013/14, para 33 milhões de toneladas, o que poderá ajudar a empresa a reverter os prejuízos recentes, disse nesta quarta-feira o presidente da companhia.
"Estamos crescendo de maneira saudável, enchendo nossas plantas. Isso se vê no nosso faturamento e na nossa geração de caixa", afirmou o presidente-executivo da Biosev, Christophe Akli, em entrevista à Reuters.
O executivo observou que a companhia investiu 1,3 bilhão de reais nos ativos durante a temporada passada, estável com o ano anterior, o que permitiu a renovação dos canaviais, resultando em um esperado aumento de produtividade e uso da capacidade em 13/14.
"Fizemos mais com o mesmo dinheiro... Isso é importante, a gente investiu, plantou 4 % a mais e mecanizou mais o nosso canavial...", disse o executivo, após a divulgação de seu primeiro resultado financeiro após a Oferta Pública de Ações.
A segunda produtora de açúcar e etanol do Brasil, atrás da Raízen, do grupo Cosan, divulgou na terça-feira prejuízo líquido de 185,4 milhões de reais no último trimestre referente à safra 12/13.
A companhia prevê elevar o uso da capacidade de moagem de cana a 87 % em 13/14, ante 73,7 % no ciclo anterior, segundo o executivo.
A empresa estima produção de açúcar em 2,1 milhões de toneladas em 13/14, praticamente o mesmo volume do ano anterior, e projeta produção de etanol em 1,3 bilhões de litros, crescimento de 300 milhões de litros ante 12/13.
Do total previsto de açúcar na temporada, Akli disse que 98 % foi vendido antecipadamente a 45 centavos de real por libra-peso. "Quem for ao mercado agora para vender, se não estiver hedgeado, consegue 34 centavos de real/lb", estimou.
Às 15h45, as ações da Biosev tinham alta de 0,45 %.
Expansão
A Biosev deu início a um processo de expansão e otimização do uso da capacidade e prevê elevar a capacidade de moagem em 6 milhões de toneladas, sobre as atuais 38 milhões de toneladas em capacidade instalada.
O executivo não especificou um prazo para esta expansão projetada, ressaltando que isso dependerá das condições do mercado.
Akli descartou, por ora, investimentos em "greenfields" (novos projetos) dada à condição pouco favorável do mercado.
"Acreditamos na sacarose, no potencial do açúcar, etanol e energia... mas o cenário agora favorece todo o trabalho para otimizar o uso do ativo existente", acrescentou.
Arrumação
O executivo disse que enxerga um futuro favorável para o setor, pela expectativa de crescimento de 2 % no consumo global de açúcar e pelo cenário positivo ao etanol no Brasil e no mundo, com as leis que preveem um maior uso do combustível renovável. Por isso, a empresa vem se estruturando para garantir melhor desempenho no segmento.
A companhia reduziu e alongou o vencimento das dívidas. Em dezembro de 2012, a dívida somava 4,7 bilhões de reais, com 40 % dos vencimentos no curto prazo. Ao final de março, a dívida recuou para 3,9 bilhões de reais, com 30 % vencendo no curto prazo.
A Biosev fez oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em abril levantando pouco mais de 700 milhões de reais, dos quais 30 % foram usados para pagamento de dívidas e o restante será utilizado para otimizar o uso das plantas da companhia e manter crescimento.
Os recursos do IPO também ajudam a companhia a reduzir a alavancagem da companhia, trazendo a níveis semelhantes aos de seus concorrentes com capital aberto.
A relação entre dívida líquida e a geração de caixa operacional medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortização da Biosev recuou para 3 vezes no final de março, ante 4,1 vezes no final de 2012.
O diretor de Relação com Investidores, Marco Antonio Modesti, explicou que com a entrada de recursos do IPO em abril a relação recua para 2,5 vezes.