Loja chinesa Shein vende colar com pingente de suástica em site
A marca também esteve envolvida em uma polêmica na semana anterior, após vender tapetes de oração muçulmanos como tapetes decorativos
Mariana Martucci
Publicado em 9 de julho de 2020 às 20h09.
Última atualização em 9 de julho de 2020 às 21h41.
A loja de roupas online Shein, conhecida por roupas baratas vindas da China , colocou à venda um colar de pingente de suástica dourada na tarde desta quinta-feira, 9. O produto, chamado Metal Swastika Pendant Necklace — na tradução "colar com pingente de suástica" —, apareceu entre as ofertas de joias do site. O acessório com simbolismo nazista estava sendo vendido por 2,50 dólares. No momento que a reportagem foi publicada, uma mensagem de erro aparecia na página onde o produto havia sido anunciado, exibindo a palavra "esgotado."
A marca também esteve envolvida em uma polêmica na semana anterior, após vender tapetes de oração muçulmanos como tapetes decorativos. Após publicar na rede social oficial da loja, a Shein disse que formou um comitê de revisão de produtos, composto de funcionários de diferentes culturas e religiões para evitar incidentes.
https://www.instagram.com/p/CCLS9-4lC85/?utm_source=ig_embed
https://www.instagram.com/p/CCbba2PlhAq/?utm_source=ig_embed
Em nota ao site Business Insider, o representante da varejista disse em comunicado que "o colar é uma suástica budista que simboliza espiritualidade e boa sorte por mais de mil anos." O representante acrescentou que, devido à direção do símbolo, não era a suástica nazista. "No entanto, porque entendemos que os dois símbolos podem ser confundidos e um é altamente ofensivo, removemos o produto de nosso site." Adolf Hitler usou o símbolo como o principal emblema do partido nazista, mudando o significado para muito além da Segunda Guerra Mundial.
Após memes do TikTok envolvendo o holocausto, muitas varejistas online — como a Amazon — vêm recebendo críticas sobre produtos que envolvem símbolos e mercadorias com o tema em suas plataformas. Porém, muitas vezes, os produtos são vendidos por varejistas terceirizados e a plataforma acaba tendo o papel de mediação, assim como em muitos marketplaces. Já os produtos anunciados no site da Shein passam por uma curadoria e são vendidos pela própria empresa.