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Kroton tem alta de 15% no lucro do 2º trimestre

Companhia também afirmou que seu Ebitda do período foi de cerca de 700 milhões de reais

Kroton: empresa também informou que seu conselho aprovou pagamento de 207,92 milhões de reais em dividendos aos acionistas (Germano Luders/Exame)
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Reuters

Publicado em 11 de agosto de 2017 às 08h29.

Última atualização em 11 de agosto de 2017 às 09h59.

São Paulo - A Kroton Educacional teve lucro líquido ajustado de 645 milhões de reais no segundo trimestre, crescimento de 14,8 por cento sobre o mesmo período do ano passado, informou o grupo de educação superior privada nesta sexta-feira.

A companhia afirmou que a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do período foi de 700 milhões de reais, avanço de 10,7 por cento na comparação anual.

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A empresa, maior grupo do setor no país e que viu rejeitada sua tentativa de aquisição da rival Estácio Participações pelo Cade no final de junho, afirmou no balanço que iniciou em julho planejamento estratégico para 2022 e que tem "tese robusta" para fortalecer sua presença no segmento de educação básica por meio de aquisições. Atualmente, a Kroton atua em educação básica por meio de venda do sistema de ensino da rede Pitágoras.

A Kroton também informou que seu conselho de administração aprovou pagamento em 28 de agosto de 207,92 milhões de reais em dividendos aos acionistas.

A empresa apurou um crescimento de 3,4 pontos percentuais na margem bruta do segundo trimestre frente a um ano antes, para 74,5 por cento.

A receita líquida subiu 9,2 por cento, a 1,52 bilhão de reais, com a base total de alunos crescendo cerca de 2 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado, para 966.960 estudantes. Em relação ao primeiro trimestre, contudo, houve queda de 4,8 por cento na base de alunos, devido à sazonai do negócio, disse a empresa.

Ajudou ainda o crescimento da receita o aumento do valor médio das mensalidades (paquete médio) do ensino presencial, que no período subiu 12,6 por cento, para 855,74 reais. Já no ensino a distância (EAD) houve queda de 1,5 por cento no valor médio das mensalidades, a 261,51 reais.

Os alunos da Kroton financiados pelo Fies, o programa de financiamento do ensino superior do governo federal, somavam 170,9 mil no final de junho, ante 215,8 mil um ano antes.

A Kroton afirmou que o Fies foi responsável por 7 por cento da captação de estudantes no ensino presencial e por menos de 3 por cento da captação total da companhia.

Apesar do aumento do valor do paquete médio no ensino presencial, os índices de evasão de estudantes da empresa neste segmento caíram no período, de 4,9 para 3,8 por cento, enquanto no EAD o indicador caiu de 7,1 para 5,4 por cento.

Os índices recuaram mesmo com a Kroton tendo "adotado práticas de cobrança e renegociação de dívidas mais rígidas do que nos semestres passados".

A empresa afirmou no balanço que a queda na evasão ocorreu apoiada em ações para evitar que os alunos desistam dos cursos e que são "importantes mitigardes para a piora dos indicadores sociais e econômicos enfrentados nesses últimos trimestre".

Os custos dos serviços prestados no consolidado da empresa recuaram 25 por cento no segundo trimestre sobre um ano antes, a cerca de 379 milhões de reais, puxado por queda de 18,5 por cento no custo com professores, para 281,7 milhões de reais.

Já a provisão para perdas com inadimplência recuou 10 por cento, para 152 milhões de reais.

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