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Hora do Cade rejeitar a BRF já passou, defende Abipecs

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína diz que o atraso complica a interrupção da fusão

O julgamento da união entre Sadia e Perdigão teve início na semana passada, com o voto do relator do caso, Carlos Ragazzo (Roberto Chacur)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 08h35.

Brasília - O momento de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitar a fusão entre a Sadia e a Perdigão já passou, na avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto. A BRF - Brasil Foods, que surgiu com a fusão, é uma das associadas da Abipecs.

"Com o enorme atraso, perderam a força moral para impor tal medida. A hora de rejeitar a fusão, que é o que estão fazendo, já passou. Parece até que querem justificar omissões do passado nesta operação de fusão", disse o executivo. A fusão foi anunciada em maio de 2009. "Não se pode esperar dois anos para colocar em xeque uma empresa que tem enorme influência no setor com milhares de funcionários e produtores. Estão criando um tumulto", continuou.

O julgamento da união entre Sadia e Perdigão teve início na semana passada, com o voto do relator do caso, Carlos Ragazzo. Ele defendeu a reprovação do negócio e, em seguida, o conselheiro Ricardo Ruiz pediu vista dos autos, suspendendo a avaliação por uma semana. O processo volta a ser analisado hoje. Para Camargo Neto, ao votar pelo veto à operação, o relator do caso está distanciado da realidade e sua atuação "parece um tanto quanto olímpica".

O presidente da Abipecs destacou que não se pode também esquecer que o negócio ocorreu quando a Sadia entrou em dificuldades financeiras. "Também aqui o governo perdeu a oportunidade de apoiar a Sadia, que tinha uma história importante e vivia um momento de crise. O BNDES se omitiu, embora tenha apoiado outras empresas do setor que não possuíam a mesma história da Sadia", comparou Camargo Neto.

Por fim, ele destacou que entre os acionistas da Sadia e Perdigão se encontram fundos de empresas estatais. "Isto é, o governo é o grande acionista e praticamente induziu a fusão. Agora, dois anos depois, solta o Cade uma medida olímpica desta. Lamentável", concluiu.

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Brasília - O momento de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitar a fusão entre a Sadia e a Perdigão já passou, na avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto. A BRF - Brasil Foods, que surgiu com a fusão, é uma das associadas da Abipecs.

"Com o enorme atraso, perderam a força moral para impor tal medida. A hora de rejeitar a fusão, que é o que estão fazendo, já passou. Parece até que querem justificar omissões do passado nesta operação de fusão", disse o executivo. A fusão foi anunciada em maio de 2009. "Não se pode esperar dois anos para colocar em xeque uma empresa que tem enorme influência no setor com milhares de funcionários e produtores. Estão criando um tumulto", continuou.

O julgamento da união entre Sadia e Perdigão teve início na semana passada, com o voto do relator do caso, Carlos Ragazzo. Ele defendeu a reprovação do negócio e, em seguida, o conselheiro Ricardo Ruiz pediu vista dos autos, suspendendo a avaliação por uma semana. O processo volta a ser analisado hoje. Para Camargo Neto, ao votar pelo veto à operação, o relator do caso está distanciado da realidade e sua atuação "parece um tanto quanto olímpica".

O presidente da Abipecs destacou que não se pode também esquecer que o negócio ocorreu quando a Sadia entrou em dificuldades financeiras. "Também aqui o governo perdeu a oportunidade de apoiar a Sadia, que tinha uma história importante e vivia um momento de crise. O BNDES se omitiu, embora tenha apoiado outras empresas do setor que não possuíam a mesma história da Sadia", comparou Camargo Neto.

Por fim, ele destacou que entre os acionistas da Sadia e Perdigão se encontram fundos de empresas estatais. "Isto é, o governo é o grande acionista e praticamente induziu a fusão. Agora, dois anos depois, solta o Cade uma medida olímpica desta. Lamentável", concluiu.

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