Negócios

Heinz mudou o rótulo do ketchup após morte da rainha Elizabeth II. Por quê?

Ketchup da Heinz vendido no Reino Unido incluía brasão da rainha Elizabeth II

Reino Unido: Royal Warrants são concedidos a cerca de 30 empresas por ano. Entenda (Oli Scarff/Getty Images)

Reino Unido: Royal Warrants são concedidos a cerca de 30 empresas por ano. Entenda (Oli Scarff/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 20 de dezembro de 2022 às 06h00.

Última atualização em 26 de dezembro de 2022 às 13h35.

A multinacional Heinz anunciou uma mudança nos rótulos dos ketchups no Reino Unido, após a morte da rainha Elizabeth II, anunciada no início de setembro de 2022.

De acordo com o Mirror, a mudança será feita por conta do Royal Warrant, documento que permite que uma empresa use o brasão real em seus produtos em troca do fornecimento de bens e serviços à realeza britânica.

O motivo da mudança

No trono há 70 anos, a rainha mais longeva do Reino Unido usava um brasão com o leão da Inglaterra, o unicórnio da Escócia e um escudo dividido em quatro quartos acompanhado pelas palavras "por compromisso para Sua Majestade, a Rainha".

Os Royal Warrants são concedidos a cerca de 30 empresas por ano. A Associação de titulares de Royal Warrants (RWH) disse que as empresas devem provar que a família rela britânica usa regularmente seus produtos e que "os candidatos são obrigados a demonstrar que possuem uma política ambiental e de sustentabilidade adequada".

No caso do ketchup Heinz, este símbolo é exibido na parte superior e frontal dos frascos vendidos no Reino Unido.

Rainha Elizabeth II

Rainha Elizabeth II faleceu no dia 8 de setembro de 2022 (Reprodução/AFP)

Com a morte da monarca, a imagem deve ser alterada para o brasão do rei Charles III, que assumiu o trono aos 73 anos. Antes mesmo de assumir o trono, Charles já conduzia diversos negócios e agora terá de conciliar a monarquia à liderança de ao menos duas empresas no Reino Unido.

Outras marcas também vão precisar alterar seus produtos. Confira algumas das principais empresas reconhecidas pelo Royal Warrant -- e, portanto, com produtos ou serviços utilizados pela família real britânica:

  • Bacardi Martini
  • Veuve Clicquot
  • Coca-Cola
  • Heinz
  • Johnnie Walker
  • McIlhenny Company (da pimenta Tabasco)
  • Nestlé
  • Twinings (de chá)
  • Schweppes 
  • Procter & Gamble
  • Unilever 

A história da Heinz

A história da Heinz está diretamente ligada ao Reino Unido, apesar da marca não ser britânica. Conhecida pelos seus condimentos, como maionese, ketchup e mostarda, a marca foi criada em 1869 pelo americano Henry John Heinz. Aos 25 anos, ele fundou uma pequena empresa que comercializava conservas em potes de vidro transparentes.

O famoso ketchup da marca começou a ser comercializado em 1870. A internacionalização do produto começou com a exportação para a britânica Fortnum & Mason. Em 1896, a Heinz já vendia mais de 60 produtos.

Na década de 1920, a marca entrou de vez no Reino Unido. De acordo com a empresa, no primeiro ano as fábricas produziram 10 mil toneladas de alimentos. Além do ketchup, os feijões Heizn também eram muito consumidos.

Apenas em 2013 a gigante dos alimentos Kraft Heinz iniciou sua produção no Brasil. Neste ano, a marca apostou no mercado de maioneses brasileiro.

De olho em um consumidor que gosta de sabor e ao mesmo tempo se preocupa com o bem estar animal, todas as maioneses da marca Heinz serão feitas com ovo caipira, ou seja, vindos de galinhas criadas de forma mais livre e não em ambientes fechados. Além disso, a marca lançou novos sabores de maionese: alho tostado com ervas e páprica defumada. Os lançamentos fazem parte da estratégia da Kraft Heinz de reforçar sua atuação na categoria, que tem grande potencial de crescimento na avaliação da companhia.

Esta reportagem faz parte da Retrospectiva de 2022 e foi publicada em setembro.

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:Família real britânicaKraft HeinzReino Unido

Mais de Negócios

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU

Ele quase devolveu o dinheiro aos investidores, mas conseguiu criar um negócio que vale US$ 100 mi

Com chocolate artesanal amazônico, empreendedora cria rede de empoderamento feminino

Na maior Black Friday da Casas Bahia, R$ 1 bilhão em crédito para o cliente