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Governo dos EUA anuncia nova multa de US$ 5,4 milhões contra Boeing

De acordo com autoridades, companhia forneceu informações equivocadas sobre modelo 737 MAX, envolvido em dois acidentes

Boeing: Nova punição se soma à multa de US$ 3,9 milhões aplicada em dezembro (indsey Wasson/Reuters)
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EFE

Publicado em 11 de janeiro de 2020 às 09h50.

Última atualização em 11 de janeiro de 2020 às 10h47.

Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira que aplicará uma multa de US$ 5,4 milhões (cerca de R$ 22 milhões) a Boeing por ter fornecido informações equivocadas sobre os aviões 737 MAX envolvidos em dois acidentes que mataram 346 pessoas na Indonésia e na Etiópia.

A punição se soma à multa de US$ 3,9 milhões (R$ 16 milhões) que os Estados Unidos já tinham aplicado a Boeing em dezembro do ano passado pelos problemas no 737 MAX, indicou em comunicado a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês).

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O centro da polêmica é uma parte das asas dos aviões 737 MAX, chamada "slat tracks", que serve para guiar a direção delas com o objetivo de facilitar aterrisagens e decolagens.

A Boeing teria afirmado ao governo americano que esse componente das asas cumpria todos os protocolos de segurança. No entanto, posteriormente, a FAA descobriu que a informação estava errada.

A FAA acusa a Boeing de não ter supervisionado adequadamente os fornecedores da companhia para comprovar que eles estavam cumprindo o sistema de garantia de qualidade da montadora.

O problema teria afetado, segundo a FAA, 178 aviões do modelo 737 MAX.

A multa anunciada hoje é uma proposta. Agora, a Boeing tem 30 dias para revisá-la e negociar um acordo com o governo dos EUA, que pode reduzir o valor a ser pago pela fabricante.

A Boeing enfrenta uma grande crise de reputação, agravada pela recente publicação de mensagens internas de seus funcionários, que conheciam os problemas do 737 MAX e zombavam das falhas.

"O 737 MAX foi projetado por palhaços que eram supervisionados por macacos", diz um funcionário em uma das mensagens que foi divulgada como parte da investigação que o Congresso dos EUA está realizando depois dos acidentes com os aviões da Boeing.

Aviões do modelo 737 MAX não fazem voos comerciais desde março de 2019 depois dos dois acidentes que deixaram 346 mortos na Indonésia e na Etiópia.

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