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Glencore compra fatia da brasileira Ferrous

A trading de commodities compará 20 milhões de toneladas de minério de ferro da Ferrous pelos próximos quatro anos.


	A meta da Ferrous é aumentar produção para 17 milhões de toneladas de minério de ferro a partir de 2016
 (Anglo American/Divulgação)

A meta da Ferrous é aumentar produção para 17 milhões de toneladas de minério de ferro a partir de 2016 (Anglo American/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 16h42.

Londres - A trading de commodities Glencore comprou uma fatia não especificada na Ferrous, exportadora brasileira de minério de ferro --sua primeira participação acionária em uma produtora da matéria-prima para produção de aço--, como parte de um acordo de fornecimento.

Segundo o acordo, assinado no início desta semana e confirmado pela Ferrous nesta quarta-feira, a Glencore deve comprar 20 milhões de toneladas de minério de ferro da Ferrous pelos próximos quatro anos.

A Ferrous, que por duas vezes não conseguiu levantar capital com ofertas de ações, tem há tempos buscado um parceiro para financiar seus ambiciosos planos de expansão, e a mineradora afirmou nesta quarta-feira que o acordo com a Glencore fortalecia sua posição financeira.

"O acordo garante uma parte substancial da produção da companhia até 2016", disse o presidente da companhia, Jayme Nicolato.

A Ferrous, que produziu 3,2 milhões de toneladas de minério de ferro em 2012, tem meta de produzir este ano 5 milhões de toneladas, aumentando sua produção para 17 milhões de toneladas a partir de 2016.

A Glencore, assim como sua rival Vitol, tem grandes ambições para o minério de ferro, setor o qual agrupou em um braço de negócios separado no ano passado. Desde então, a empresa fechou acordos de compra com produtoras emergentes como a Bellzone e a African Minerals.

Ambas Glencore e Vitol competem por espaço no mercado de minério de ferro dominado pela Vale, Rio Tinto e BHP Billiton --que em conjunto dominam cerca de 60 por cento-- o que faz com que mesmo as maiores tradings mundiais de commodities tenham que lutar pelas produções de áreas de ferro emergentes como as do oeste africano.

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