Fundos pedem detalhes sobre fusão de Rumo e ALL
Os fundos que compõem o bloco de controle da companhia ferroviária têm apresentado resistência às negociações
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 09h03.
São Paulo e Rio - Dadas praticamente como certa, as negociações entre Rumo, controlada pela Cosan , e ALL estão encontrando certa resistência dos fundos que compõem o bloco de controle da companhia ferroviária.
O fundo de pensão Previ (Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) está pedindo mais detalhes sobre a operação, que está sendo alinhavada pelas duas companhias, segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A Previ alega que não pode avalizar nenhum negócio sem conhecer todos os detalhes e, principalmente, sem que o valor seja condizente com o tamanho do ativo, já que se trata de uma empresa que controla a infraestrutura do escoamento da safra de soja pelo Porto de Santos.
O fundo de pensão Funcef (da Caixa Econômica Federal) e o BRZ ALL (que tem como cotistas Funcef, Petros, Postalis e Forluz) também não estariam vendo com bons olhos os rumos da negociação, segundo as mesmas fontes.
A preocupação dos fundos é que a ALL se torne um centro de custo da Rumo, que teria como principal função transportar o açúcar da Cosan mais barato. Os fundos não querem barrar a negociação, mas buscam entender melhor como o negócio vai ser realizado.
Fontes ouvidas pela reportagem afirmam, contudo, que o BNDES, que também faz parte do bloco de controle da ALL, por meio do braço de seu braço de participações, o BNDESPar, está envolvido nas conversas para que a operação seja concluída.
O governo federal vê com bons olhos a mudança na gestão da ALL, que deverá sair fortalecida com a entrada do empresário Rubens Ometto Silveira Mello no negócio. As conversas para que essas arestas sejam aparadas para que o acordo seja formalizado o quanto antes seguem intensas.
Pelo acordo que está sendo costurado, a Rumo e seus acionistas - fundos TPG e Gávea - terão de 35% a 40% (a Cosan ficará com 20% a 25% de participação). O restante ficará com os acionistas da ALL.
Proposta anterior
Em fevereiro de 2012, o grupo Cosan ofereceu cerca de R$ 900 milhões para entrar no bloco de controle da ALL. A proposta foi para a compra de ações dos acionistas Riccardo Arduini, conselheiro da concessionária, de sua esposa Julia Dora Koranyi Arduini, e da GMI (Global Market Investments), que representa o presidente do conselho de administração da ALL, Wilson De Lara.
No entanto, os fundos, que atualmente pedem mais detalhes do negócio, exigiram um rearranjo no qual a oferta da Cosan teria de ser distribuída para todos. As conversas duraram um ano e meio e foram interrompidas em agosto passado.
O plano da Cosan é criar, a partir da incorporação da ALL pela Rumo, uma companhia de logística integrada, unindo ferrovia, rodovia e porto, um modelo que ainda não existe no País. Para integrar os negócios, a Cosan vai participar dos leilões para concessões de terminais no Porto de Santos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo e Rio - Dadas praticamente como certa, as negociações entre Rumo, controlada pela Cosan , e ALL estão encontrando certa resistência dos fundos que compõem o bloco de controle da companhia ferroviária.
O fundo de pensão Previ (Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) está pedindo mais detalhes sobre a operação, que está sendo alinhavada pelas duas companhias, segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A Previ alega que não pode avalizar nenhum negócio sem conhecer todos os detalhes e, principalmente, sem que o valor seja condizente com o tamanho do ativo, já que se trata de uma empresa que controla a infraestrutura do escoamento da safra de soja pelo Porto de Santos.
O fundo de pensão Funcef (da Caixa Econômica Federal) e o BRZ ALL (que tem como cotistas Funcef, Petros, Postalis e Forluz) também não estariam vendo com bons olhos os rumos da negociação, segundo as mesmas fontes.
A preocupação dos fundos é que a ALL se torne um centro de custo da Rumo, que teria como principal função transportar o açúcar da Cosan mais barato. Os fundos não querem barrar a negociação, mas buscam entender melhor como o negócio vai ser realizado.
Fontes ouvidas pela reportagem afirmam, contudo, que o BNDES, que também faz parte do bloco de controle da ALL, por meio do braço de seu braço de participações, o BNDESPar, está envolvido nas conversas para que a operação seja concluída.
O governo federal vê com bons olhos a mudança na gestão da ALL, que deverá sair fortalecida com a entrada do empresário Rubens Ometto Silveira Mello no negócio. As conversas para que essas arestas sejam aparadas para que o acordo seja formalizado o quanto antes seguem intensas.
Pelo acordo que está sendo costurado, a Rumo e seus acionistas - fundos TPG e Gávea - terão de 35% a 40% (a Cosan ficará com 20% a 25% de participação). O restante ficará com os acionistas da ALL.
Proposta anterior
Em fevereiro de 2012, o grupo Cosan ofereceu cerca de R$ 900 milhões para entrar no bloco de controle da ALL. A proposta foi para a compra de ações dos acionistas Riccardo Arduini, conselheiro da concessionária, de sua esposa Julia Dora Koranyi Arduini, e da GMI (Global Market Investments), que representa o presidente do conselho de administração da ALL, Wilson De Lara.
No entanto, os fundos, que atualmente pedem mais detalhes do negócio, exigiram um rearranjo no qual a oferta da Cosan teria de ser distribuída para todos. As conversas duraram um ano e meio e foram interrompidas em agosto passado.
O plano da Cosan é criar, a partir da incorporação da ALL pela Rumo, uma companhia de logística integrada, unindo ferrovia, rodovia e porto, um modelo que ainda não existe no País. Para integrar os negócios, a Cosan vai participar dos leilões para concessões de terminais no Porto de Santos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.