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Estácio vê aumento de 3% a 6% da base de alunos presenciais

A Estácio espera que a base de alunos presenciais cresça de 3% a 6% no segundo semestre, após ter revisto investimentos por problemas no Fies


	Sala de aula: rede de ensino privado disse que se preparou "com enorme disciplina para o processo de admissão" no segundo semestre
 (Jetta Productions/Thinkstock)

Sala de aula: rede de ensino privado disse que se preparou "com enorme disciplina para o processo de admissão" no segundo semestre (Jetta Productions/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2015 às 21h55.

Rio de Janeiro - A Estácio Participações espera que a base de alunos presenciais cresça de 3 a 6 por cento no segundo semestre, após ter revisto investimentos por causa de problemas relacionados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

A rede de ensino privado disse que se preparou "com enorme disciplina para o processo de admissão" no segundo semestre, mas mencionou a insegurança com o cenário macroeconômico.

Para o ensino a distância, a expectativa é de expansão de 8 a 12 por cento no terceiro trimestre ante mesmo período de 2014. Para a renovação de alunos, a expectativa é que a taxa permaneça no mesmo patamar de um ano antes, tanto no ensino a distância quanto no presencial, "apesar das dificuldades com o Fies, que impactaram principalmente os alunos matriculados no primeiro semestre deste ano", disse a Estácio em relatório.

A Estácio teve lucro líquido consolidado de 131,9 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 53,4 por cento na comparação anual, informou nesta quinta-feira.

Desconsiderando aquisições, o lucro cresceu 30,5 por cento, a 112,2 milhões de reais. A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava lucro de 101 milhões de reais no período.

A Estácio fechou o trimestre com uma base total de 501,5 mil alunos, 30,9 por cento acima do ano anterior, sendo 349,3 mil matriculados nos cursos presenciais (+15,1 por cento) e 96 mil nos cursos a distância (+20,9 por cento).

A empresa teve acréscimo de 56,2 mil alunos vindos das instituições adquiridas nos últimos 12 meses.

A receita operacional líquida somou 774,3 milhões no período, alta anual de 31,4 por cento. A taxa de evasão representou 7,5 por cento da base, uma piora de 0,3 ponto percentual ante o segundo trimestre de 2014.

Já as provisões para devedores duvidosos subiram 5,8 por cento, para 38,1 milhões de reais.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado foi de 166,1 milhões de reais, alta de 56,6 por cento na mesma comparação. A base de alunos Fies da Estácio chegou a 146,1 mil em junho, 43,8 por cento da base de graduação presencial, após o fim do processo de adesão ao Fies em 30 de abril.

No trimestre, o fluxo de caixa operacional trimestral ficou negativo em 132,5 milhões de reais, refletindo as alterações no ciclo de emissão de certificados e recompra do programa e o atraso no aditamento de contratos do financiamento.

O SisFIES fora de operação durante parte do semestre atrasou a inscrição de alunos, prejudicando repasses previstos. Dos 688 milhões de reais de receita líquida Fies referentes a 2015, a Estácio recebeu 130 milhões em repasses.

O montante deverá ser repassado no segundo semestre.

Com o impacto no caixa, os investimentos da Estácio foram revistos para o ano, disse a empresa, sem mencionar números.

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