Empresas estão mais sustentáveis, diz pesquisa do Santander
Levantamento com 1.483 companhias mostra avanços, mas registra 890 tipos diferentes de desafios
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2010 às 14h33.
São Paulo - Uma pesquisa feita pelo Santander Brasil revelou um cenário positivo para a sustentabilidade nas empresas. Como parte do Programa Sustentabilidade na Prática - Caminhos & Desafios, que há quase três anos realiza seminários e encontros com companhias para discutir o tema, o levantamento englobou 1.483 instituições de vários setores.
As empresas pesquisadas responderam a três questionários em diferentes momentos para investigar qual foi a evolução delas no quesito sustentabilidade nas diversas instâncias das organizações. Os temas abordados foram: interesse em sustentabilidade; gestão e governança; visão, missão e valores; negócios e clientes; funcionários; fornecedores; meio ambiente; e ação social. Houve progresso no comprometimento das empresas pesquisadas em todos os quesitos.
O interesse por sustentabilidade, por exemplo, subiu em todos os níveis hierárquicos, mas teve mais força na alta gerência, passando de 65% para 82%. Na outra ponta, entre os funcionários que não são gestores, o interesse pelo tema foi menor, crescendo de 35% para 58%.
No setor de negócios e clientes, o desenvolvimento sustentável em relação ao público externo não teve desempenho tão bom, crescendo de 21% para 33%. Já com o público interno, o avanço foi maior, mostrando um crescimento de 18% para 41% nos treinamentos de sustentabilidade para funcionários.
Desafios
Mesmo com as melhorias no desenvolvimento sustentável das empresas registrado na pesquisa, as companhias ainda elencaram vários problemas que enfrentam no cotidiano e que atrapalham seu andamento. Os questionários respondidos entre o segundo semestre de 2008 e o mesmo período de 2009 somaram 890 menções diferentes de dificuldades encaradas pelas empresas. Esses desafios foram divididos em 28 grupos.
Os processos de conscientização e mudança de cultura interna foram os principais problemas apontados pelas companhias, com 13% das menções. Em segundo lugar apareceu o engajamento dos colaboradores, com 10%, e, em seguida, a falta de envolvimento da alta direção, representando 9% das reclamações.