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Empresas britânicas devem comprar campos de petróleo da Petrobras

Petrobras busca reduzir dívida com desinvestimentos de até US$ 30 bilhões, incluindo venda de campos de petróleo, como o Garoupa

Plataforma de petróleo: empresa já vendeu uma série de campos de petróleo, e executivos afirmaram que estudam colocar ativos de produção de maior porte no bloco de desinvestimentos em 2020. (Ullstein bild/Getty Images)

Plataforma de petróleo: empresa já vendeu uma série de campos de petróleo, e executivos afirmaram que estudam colocar ativos de produção de maior porte no bloco de desinvestimentos em 2020. (Ullstein bild/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 19 de dezembro de 2019 às 09h25.

Última atualização em 19 de dezembro de 2019 às 09h28.

Rio de Janeiro — A anglo-francesa Perenco e as companhias do Reino Unido Trident Energy e Premier Oil estão entre as empresas que estudam a compra de um conjunto de campos petrolíferos da Petrobras conhecido como Polo Garoupa, disseram sete fontes à Reuters nas últimas semanas.

As deliberações são preliminares, e é possível que nenhuma das companhias vá de fato comprar os campos marítimos maduros na Bacia de Campos, pelo menos sob os termos em que a Petrobras os oferece, acrescentaram as fontes, que pediram anonimato para discutir assuntos confidenciais.

A brasileira Petro Rio também está examinando Garoupa, mantendo a estratégia da empresa de estudar todos os campos petrolíferos maduros à venda pela Petrobras, afirmaram as fontes.

Nenhuma das empresas respondeu a pedidos por comentários.

Ao contrário de desinvestimentos anteriores da Petrobras em campos de petróleo, a venda do Polo Garoupa não tem fase não vinculante. Os potenciais compradores assinaram termos de confidencialidade e discutem o ativo apenas internamente e com a estatal.

Eles também discutiram a possibilidade da formação de consórcios, segundo as fontes. O próximo passo formal será o envio das ofertas vinculantes.

Em geral, vendas de campos maduros um pouco maiores levantaram alguns milhões de dólares.

No entanto, as fontes disseram que Garoupa trata-se de um complexo atípico, e que o potencial intervalo de preço ainda não está claro. Embora as ofertas vinculantes estivessem agendadas para dezembro, elas foram adiadas para março de 2020, acrescentaram.

De acordo com a Petrobras, o Polo Garoupa produziu 19.600 barris de óleo equivalente por dia nos 12 meses até agosto, o que faz dele o maior ativo de produção no atual portfólio de desinvestimentos da companhia.

Buscando reduzir sua dívida, a Petrobras planeja desinvestir pelo menos de 20 bilhões a 30 bilhões de dólares nos próximos cinco anos.

A empresa já vendeu uma série de campos de petróleo, e executivos afirmaram que estudam colocar ativos de produção de maior porte no bloco de desinvestimentos em 2020.

Ainda assim, os desinvestimentos da Petrobras em campos de petróleo por vezes encontram obstáculos, tanto que ofertantes já criticaram o ritmo do processo.

Garoupa é considerado um ativo mais complexo que os outros de tamanhos similares vendidos pela Petrobras recentemente, disseram as fontes.

As obrigações com descomissionamento podem atingir os 2 bilhões de dólares, enquanto parte da infraestrutura no Polo Garoupa, em atividade desde a década de 1970, é considerada ultrapassada. A área também é um ponto de transbordo de gás natural transportado de campos marítimos maiores, o que poderia complicar as operações e sujeitar os compradores a penalidades em caso de paralisações.

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