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Embraer divulga balanço em meio às negociações de fusão

ÀS SETE - Considerando as prévias de resultado operacional, os números devem ter novo recuo; em 2017, o lucro despencou 36%

Embraer: No ano passado, a Embraer entregou 101 aeronaves comerciais e 109 executivas, menos do que em 2016, mas em linha com o previsto

Embraer: No ano passado, a Embraer entregou 101 aeronaves comerciais e 109 executivas, menos do que em 2016, mas em linha com o previsto

DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2018 às 04h43.

Última atualização em 27 de abril de 2018 às 06h58.

A fabricante brasileira de aeronaves Embraer divulga resultados nesta sexta-feira, antes da abertura do pregão. Considerando as prévias de resultado operacional, divulgados no dia 16 de abril, os números devem ter novo recuo.

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No primeiro trimestre foram entregues 25 jatos (14 aviões comerciais e 11 aviões executivos), menos do que um ano antes, quando foram entregues 33 jatos (18 aviões comerciais e 15 aeronaves executivas).

Os ventos não estão tão favoráveis para a empresa desde o ano passado. Em 2017, as receitas líquidas caíram 13% no ano, enquanto o lucro despencou 36%.

Foram 18,7 bilhões de reais em vendas e resultado líquido atribuído aos acionistas de 796 milhões de reais. No ano, a Embraer entregou 101 aeronaves comerciais e 109 executivas, menos do que em 2016, mas em linha com o previsto.

Para os analistas do BTG, em relatório, são esperadas receitas líquidas de 925 milhões de dólares, 10% menores do que um ano antes. O lucro operacional, porém, deve subir de 3,0% para 3,5%. A estimativa é de um lucro de 11 milhões de dólares.

A empresa está há meses tentando concluir sua fusão com a concorrente americana Boeing, a maior fabricante de aeronaves do mundo com lucro de 8,2 bilhões de dólares (mais de 35 vezes o da Embraer).

Apesar de as negociações de um acordo para criar uma nova companhia, tendo as duas como acionistas, terem avançando, elas ainda precisam convencer o governo brasileiro, o principal acionista da Embraer.

A diferença de tamanho entre Boeing e Embraer leva a crer que a brasileira será bem menos representativa nesta nova operação, o que é mal visto pelo governo e pela opinião pública, já que é uma das maiores companhias do país.

“Uma parceria entra as empresas poderia melhorar a capacidade comercial da Embraer, prover maior valor aos clientes, com um portfólio de produtos sinérgico e serviços de atendimento mais eficientes”, dizem os analistas do BTG Renato Mimica e Samuel Alves em relatório a clientes.

“Embraer continua sendo uma de nossas principais apostas porque acreditamos que as chances de um acordo altamente positivo sair ainda não foi totalmente precificado na ação".

De 21 de dezembro (quando a notícia sobre a possível fusão entre as companhias veio a tona) até hoje, as ações da Embraer valorizaram 32%.

A tentativa de acordo entre elas veio em reação ao movimento de suas concorrentes. Em outubro passado a francesa Airbus e a canadense Bombardier anunciaram uma parceria em aeronaves de 100 a 150 lugares, justamente onde a Embraer atua com a família E-2.

Corre na justiça americana uma disputa entre Boeing e Bombardier que ajuda a apimentar ainda mais o setor. A americana contesta a política de subsídios do governo canadense no setor, que favorece a Bombardier.

Além dos investidores, governos e concorrentes têm muito interesse nos números trimestrais a serem divulgados nesta sexta-feira.

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