Embraer divulga resultados de olho no negócio com a Boeing
ÀS SETE - Os resultados não devem trazer surpresas: o único alerta deve ser na carta de pedidos, que caiu de US$ 19,6 para US$ 18,3 bi entre 2016 e de 2017
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2018 às 06h13.
Última atualização em 8 de março de 2018 às 07h23.
Ainda em meio aos rumores de uma possível parceria com a americana Boeing, a fabricante brasileira de aviões Embraer divulga nesta quinta-feira os resultados para o último trimestre e, consequentemente, todo o ano de 2017.
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Os resultados não devem trazer surpresa. O único alerta deve ficar por conta da carta de pedidos, que caiu de 19,6 para 18,3 bilhões de dólares entre dezembro de 2016 e de 2017 – era 22,5 bilhões em dezembro de 2015.
Outro fato é, no momento, mais importante para a companhia. Como será fechado o negócio com a maior produtora de aeronaves do mundo, a Boeing, que deve sair em breve?
Recentemente, o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, disse esperar que as negociações terminem em breve.
“Não temos uma data específica para concluir, mas é necessário que uma resolução seja atingida rapidamente porque não podemos ficar mais muito tempo nisso”, disse durante cerimônia de certificação tripla do novo jato de passageiros da Embraer, o E190-E2, na última semana.
Ele também afirmou que mudanças no Ministério da Defesa, como a recente saída do agora ministro da Segurança Pública Raul Jungmann, não devem alterar o andar da carruagem.
O governo já deixou claro que não aceitará uma venda total da companhia e o negócio a ser fechado deve deixar de fora a área de defesa, ou ao menos manter a autonomia da mesma.
Por outro lado, o presidente da Boeing, disse no final de fevereiro que o negócio com a Embraer não é uma “obrigação” para a companhia americana.
“Se conseguirmos um bom negócio e criar valor agregado para os clientes e as companhias aéreas, nós o faremos”, disse. “Se não for possível, isso não altera nossa estratégia. Este [a Embraer] é um ótimo complemento para a nossa estratégia, mas não é uma obrigação”.