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Em comunicado, EADS e BAE Systems defendem fusão

A união entre as duas empresas é a melhor garantia para manter o nível de emprego no longo prazo no setor de indústria aeroespacial e militar

Avião da EADS (Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2012 às 19h04.

Londres - Os executivos-chefes das duas empresas envolvidas na maior fusão do setor de indústria aeroespacial e militar divulgaram comunicado conjunto apelando para que os governos de seus países aprovem a união. Ian King, da britânica BAE Systems, e Tom Enders, da franco-alemã European Aeronautic, Defense and Space (EADS), dizem no documento que a proposta de fusão foi "motivada por crescimento, e não por contração" e que a união entre as duas empresas é a melhor garantia para manter o nível de emprego no longo prazo nesse setor.

O apelo dos CEOs se dirige a uma das maiores preocupações dos governos do Reino Unido, da França e da Alemanha, que temem a perda de empregos em um setor que consideram estratégico.

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O acordo preliminar de fusão, apresentado em setembro, prevê que a nova companhia cancele os acordos existentes entre a EADS e seus principais acionistas, o governo francês, o grupo privado Lagardère e a alemã Daimler, reduzindo a capacidade deles para vetar medidas controvertidas de cortes de gastos.

Segundo o comunicado dos CEOs, a fusão "significaria criar uma empresa com estruturas de governança que lhe permitiriam operar de um modo comercial normal e daria os mesmos direitos a todos os acionistas, grandes e pequenos".

Acredita-se que o governo francês, especialmente, esteja preocupado com a redução de sua influência na nova empresa. Os governos alemão e britânico, por sua vez, estariam preocupados com a possibilidade de terem menos poder do que a França na nova companhia. Funcionários do governo alemão já deram declarações de que o país quer manter paridade com a França, mas nem o governo da Alemanha, nem o do Reino Unido querem gastar recursos púbicos na compra de uma participação direta na empresa.

O comunicado dos CEOs deve ser publicado nas edições desta segunda-feira do Le Monde, do Financial Times e do Süddeutsche Zeitung.

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