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Eletrobras pede mais prazo para vender distribuidoras

A estatal convocou uma assembleia de acionistas para analisar a proposta de prorrogação do prazo para 31 de julho de 2018

Eletrobras: acionistas haviam aprovado um prazo até 31 de dezembro de 2017 (Nadia Sussman/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 13h24.

São Paulo - A estatal Eletrobras convocou uma Assembleia Geral Extraordinária de acionistas, em 28 de dezembro, para analisar proposta de prorrogação do prazo para que a companhia tome as providências necessárias à privatização de suas seis distribuidoras de eletricidade que atuam no Norte e Nordeste.

Segundo edital de convocação divulgado na noite de quinta-feira pela elétrica, o prazo para assinatura do contrato de transferência das distribuidoras a um novo controlador deverá ser prorrogado até 31 de julho de 2018.

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Em uma assembleia no ano passado, os acionistas haviam aprovado um prazo até 31 de dezembro de 2017 para que a empresa se livrasse das distribuidoras.

"Cabe aos acionistas, se assim desejarem, rever a decisão prevista...a AGE está sendo convocada para propor a prorrogação do prazo para a conclusão da privatização, de modo que haja um prazo razoável para que os administradores da Eletrobras possam avaliar e discutir o modelo de desestatização proposto", disse a companhia em comunicado.

A Eletrobras disse que poderá, depois dessa assembleia, "se for o caso, realizar uma nova assembleia de acionistas para que seja deliberada sobre as condições de privatização ou liquidação das distribuidoras, o que...deverá ocorrer até 1 de fevereiro de 2018", adicionou a companhia.

A elétrica ressaltou ainda que "qualquer condição prevista nos estudos (sobre o modelo de privatização) poderá ser alterada" e que "a decisão acerca da desestatização ou não das distribuidoras, suas condições e prazo ainda dependem de submissão do assunto à deliberação dos acionistas."

As distribuidoras que a Eletrobras quer privatizar são fortemente deficitárias e atendem os Estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí.

As empresas são fortemente deficitárias e, para vendê-las, a Eletrobras deverá assumir 20,8 bilhões de reais em dívidas das empresas, segundo a modelagem de privatização atualmente proposta.

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., disse em entrevista à Reuters no início de novembro que a elétrica avalia ter provisões ou créditos a receber para cobrir toda ou a maior parte dessa dívida. Ele disse ainda que a companhia apresentará aos acionistas na assembleia, para aprovação, informações detalhadas de um plano para cobrir o "rombo" nas empresas.

(Por Luciano Costa)

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