Dia do Consumo Consciente: conheça 10 empresas que colaboram para um mundo mais sustentável
No Dia do Consumo Consciente, conheça redes de franquia e empresas dedicadas aos objetivos de desenvolvimento sustentável e com ações em favor do meio ambiente e sociedade
Maria Clara Dias
Publicado em 15 de outubro de 2022 às 08h00.
Neste sábado, 15, é comemorado o Dia do Consumo Consciente, data que procura conscientizar compradores sobre os problemas causados pelos atuais padrões de produção e vendas da indústria e pelo consumo excessivo.
Os problemas econômicos, sociais e ambientais causados pelos moldes da indústria preocupam companhias. Diante disso, a ascensão de práticas ambientais, sociais e de governança ( ESG, na sigla em inglês) tomam conta da agenda corporativa e definem os novos padrões de consumo para o futuro.
Grande parte dessas ações estão pautadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, uma espécie de conjunto de boas práticas que formam a Agenda 2030.
Além disso, a busca crescente de consumidores por produtos mais sustentáveis também motiva companhias a acelerarem o passo nessa transformação. Atualmente, 42% dos consumidores brasileiros já buscam formas de diminuir o impacto negativo ao meio ambiente causado por seus hábitos de compra, segundo uma recente pesquisa desenvolvida pela consultoria Nielsen.
Além disso, de acordo uma pesquisa da IBM, consumidores atentos ao tema estão dispostos a pagar até 35% a mais por produtos sustentáveis.
Grandes marcas já se mobilizam para romper com o ciclo do consumo nocivo — algo especialmente sensível em setores como a moda, por exemplo, que encara problemas estruturais como o consumo excessivo de água e o descarte acelerado de roupas, uma lógica chamada pela indústria de fast fashion. Empresas como Malwee e Renner, por exemplo, já exibem coleções de roupas feitas com base nas diretrizes do consumo consciente. Na Malwee, isso se traduz em calças jeans feitas apenas com um copo d'água, entre outras coisas.
Mas não apenas as grandes fabricantes que recebem destaque por seus direcionamentos em favor do consumo consciente. Pequenas empresas e também redes de franquia também incorporam valores parecidos em suas operações.
Em comemoração ao Dia do Consumo Consciente, a EXAME selecionou 14 destas empresas, todas com algum direcionamento ligado ao consumo inteligente, seja do lado ambiental ou social. Veja lista completa abaixo:
Empresas com ações socioambientais
Yes! Cosmetics
Para a Yes! Cosmetics, a sustentabilidade faz parte da missão. Há 20 anos no mercado, a marca passa atualmente por uma transformação para atender um mercado consumidor cada vez mais preocupado com as questões ambientais. Atualmente, mais de 99% dos produtos da empresa já contam com fórmulas sem produtos de origem animal.
Na linha de sabonetes em barra Yes! Touch, a substituição por novas versões 100% vegetais, quase uma tonelada de matéria-prima de origem animal deixou de ser utilizada. Além disso, a empresa vem adotando embalagens recicláveis e de papel para diminuir o impacto ambiental dos produtos. Em 2023, Yes! Cosmetics deve chegar a 100% do portfólio baseado em fórmulas veganas.
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Grão de Gente
O e-commerce especializado em enxoval de bebê e primeira infância mira o aspecto social. A rede conta com o "Compromisso de Gente Grande", um projeto em parceria com o Instituto de Compromisso com o Desenvolvimento Humano (ICDH) e o Instituto Sabrina Sato, que busca criar espaços mais acolhedores para mulheres em situação de cárcere à espera de filhos.
“Esta iniciativa é um dos projetos mais importantes da Grão de Gente. A reforma desses espaços, transformando-os em ambientes adequados às mães e seus bebês, traz aconchego durante o tempo em que ficam por lá, protegendo crianças da exposição a condições de risco que estes lugares podem apresentar”, diz Luciana Ferro, Head de Parcerias Estratégicas & Responsabilidade Social da Grão de Gente.
OdontoCompany
A OdontoCompany investe em treinamentos para toda a rede, com o intuito de ensinar as melhores práticas para o descarte correto dos resíduos gerados nos consultórios e evitar o envio desnecessário a aterros, um problema especialmente alarmante para a área da saúde.
Além disso, a marca também conta com regimento de economia de água e energia nas unidades. "A nossa missão sempre foi cuidar do sorriso dos brasileiros, mas é impossível ignorar que o meio ambiente faz parte desse trabalho. Hoje, não há sentido para manter velhas práticas que colocam em risco a saúde do planeta", diz Paulo Zahr, presidente da OdontoCompany. "A competência e eficiência das empresas não será medida apenas pelo serviço que prestam, mas também pelo impacto positivo que causam na sociedade".
Zero Açucar
Há oito anos no mercado fitness, a Zero Açucar, rede paranaense de moda fitness, praia e casual, está presente em mais de 700 pontos de lojas multimarcas. Em menos de um ano no franchising, a rede já mantém alguns projetos sustentáveis. Um deles, um programa que recolhe os retalhos de tecidos da produção das peças, destinando-os para doação. Uma linha específica de itens casuais também é feita apenas com tecidos sustentáveis.
CleanNew
De olho em maior eficiência dos processos de limpeza, a CleanNew, rede de higienização e conservação de estofados, desenvolveu um método que aumenta em até três vezes a durabilidade do tecido, o que evita lavagens desnecessárias e frequentes. Nos cálculos da empresa, a tecnologia gera uma economia de cerca de um bilhão de litros de água, o suficiente para abastecer uma cidade de 20.000 habitantes durante um ano. Além disso, todos os produtos são biodegradáveis e as embalagens recicláveis.
Lavô
A Lavô, de lavanderias self-service, tem 570 unidades pelo Brasil. A proposta da rede é simplificar o serviço de lavanderias. Por isso, dispensa funcionários e pode ser gerenciada à distância, por um sistema online que pode ser aplicado a condomínios, lojas e até contêineres. Do lado da sustentabilidade, algumas lojas em formato contêiner da Lavô podem ser construídas com materiais reciclados. O consumo de energia e água pelas máquinas da Lavô também são menores, segundo a empresa.
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Rayflex
Desde 2017, a Rayflex, que fabrica e revende portas industriais, mantém uma área própria para Preservação Permanente (APP), um galpão de de 600 metros quadrados dedicada ao plantio de mudas de árvores nativas. Nas operações da empresa, se alguma árvore precisa ser cortada para a fabrição dos itens, há a compensação na APP.
Pizza Prime
A rede criou, em parceria com a ONG Gerando Falcões e a ONG Recomeçar, uma pizzaria social chamada ‘Opportunità Pizzaria Social’, que promove a ressocialização de egressos do sistema prisional. O objetivo é gerar renda, ao passo em que forma mão de obra para outras unidades de pizzaria, incluindo unidades da própria Pizza Prime. A ideia da oficina de qualificação é proporcionar recolocação e formar empreendedores sociais para que eles possam desenvolver sua própria fonte de renda e estarem aptos para o mercado de trabalho.
Mais1 Café
A Mais1 Café, maior rede de cafés especiais do Brasil, lançou uma parceria com a ONG TETO Brasil para reverter parte do valor da venda dos produtos da marca para a criação e manutenção de projetos de habitação, como a construção de moradias emergenciais para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Para isso, todas as embalagens e copo da franquia contam com a identidade visual da TETO e um QR Code pelo qual o consumidor pode realizar a sua contribuição à organização.
Açougue Vegano
A preocupação com as mudanças climáticas levou a rede de restaurantes veganos a substituir as embalagens de delivery de plástico por opções em papel. De outro lado, os produtos também colaboram para um menor impacto ambiental, segundo o CEO, Celso Fortes. "O próprio fato de todos nossos alimentos serem veganos já contribuem com a redução da piora climática.” Hoje 58% das vendas da rede de restaurantes veganos vêm de pessoas que ainda não abdicaram do consumo da carne. Entre as receitas de destaque estão a coxinha de jaca, principal item do cardápio da Açougue Vegano.
Como surgiu o Dia do Consumo Consciente?
O dia comemorativo foi instituído oficialmente há 13 anos, como uma proposta do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para alertar companhias e consumidores sobre os impactos do consumo excessivo.