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De um contêiner em Goiânia para o mundo: franquia de alimentação fatura R$ 45 mi e mira Europa

Flow, rede de franquias goiana em alimentação saudável, deve abrir mais de 40 unidades este ano pelo país

Mateus Martins e Pedro Suassuna, da Flow: vamos dobrar o tamanho o faturamento este ano (Flow Franquia/Divulgação)

Mateus Martins e Pedro Suassuna, da Flow: vamos dobrar o tamanho o faturamento este ano (Flow Franquia/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 4 de junho de 2024 às 17h13.

Última atualização em 20 de junho de 2024 às 11h43.

Uma viagem aos 16 anos para a Europa mudou a vida do goiano Mateus Martins, que incentivou o pai a criar um negócio de alimentação saudável e orgânica no começo dos anos 2000. O República da Saúde, mistura de empório e restaurante, ocupa hoje uma área de 2000 metros quadrados e foi o embrião para um novo negócio.

Em operação desde 2017, a Flow, rede de franquias especializada em alimentação saudável, bebe do conhecimento de Martins na cozinha e no República. E também das práticas esportivas do primo Pedro Suassuna, engenheiro de formação e com participação em mais de 10 Ironman, a renomada competição global de triatlo. 

A Flow entrou em funcionamento com o formato de pegar e levar (grab and go) dentro um contêiner de alguns metros e logo virou um point do “marombas” em Goiânia, capital de Goiás. “Era um espaço bem simples, nós investimos R$ 55 mil reais e tínhamos uma cozinha de 12 metros quadrados. Logo se tornou o ponto de encontro para o pós-treino da galera”, afirma Martins. 

Como a Flow tem crescido

De um único ponto, a Flow cresceu para as atuais 55 unidades e um faturamento de R$ 45 milhões em 2023. A previsão agora é de dobrar o faturamento neste ano e superar o número de 100 franquias.  

O pós-pandemia foi um divisor de água na história da rede. Antes da crise sanitária, a Flow contava com cerca de 10 lojas e crescia a passos mais lentos. 

Foi no período também que a empresa passou por um dos momentos mais críticos da sua história. Na luta para enxugar os custos da operação, os sócios cancelaram o seguro da unidade própria pelo qual pagavam cerca de R$ 100 mensalmente.

Dias depois, um incêndio colocou toda a estrutura abaixo. “Nós tivemos que literalmente começar do zero”, diz Martins. ”E na época que nós menos poderíamos gastar”. 

Passado o sufoco, a busca por saudabilidade começou a contribuir para o  avanço da rede, atualmente distribuída por quase todos os estados do país da federação e em diferentes formatos. Além do modelo para lanches, foram criadas as versões de restaurante, a Flow Grelhados, cafeteria, a Flow Coffee, e ainda uma estrutura maior, Concept, com espaços de até 800 metros quadrados. Os restaurantes de grelhados são a maioria entre eles. 

Na média entre os diferentes formatos, os franqueados começam aportando cerca de R$ 350 mil e têm o retorno do investimento estimado em 24 meses.

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Quais os próximos passos do negócio

“Eu acho que a Flow caiu muito bem porque nós estamos aqui para apoiar as pessoas, não para cobrar e ditar o que elas devem ou não comer”, afirma. “Nós temos uma performance boa no Brasil inteiro, com destaque para cidades no interior de São Paulo e Minas Gerais”.

O próximo passo dos sócios é fazer um retorno para onde tudo começou: a Europa. Depois de um ano e meio de conversas, a Flow está investindo em torno de R$ 400 mil para iniciar um processo de internacionalização, a partir da cidade do Porto, em Portugal.

A previsão é de que a primeira unidade seja aberta nos próximos meses, sob a liderança de um empresário português que entrará como máster franqueado. O país da península ibérica deve funcionar como base para as ambições da Flow, que pretende avançar para além do velho continente e apresentar novos pratos aos ‘marombas’ e esportistas de outros cantos. 

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