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Custos e despesa operacional reduzem lucro da Redecard

Entre outubro e dezembro de 2010, a Redecard lucrou 348,7 milhões de reais, 13,4 por cento menos em relação ao mesmo período do ano anterior

A Redecard é a segunda maior operadora de cartões do Brasil (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 07h02.

São Paulo - A combinação entre um crescimento de 2,1 por cento na receita operacional líquida e a elevação dos custos totais dos serviços prestados e das despesas operacionais reduziu o lucro líquido da Redecard no quarto trimestre de 2010.

Entre outubro e dezembro a segunda maior operadora de cartões do país lucrou 348,7 milhões de reais, queda de 13,4 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2010, o lucro líquido ficou praticamente estável, subindo 0,3 por cento e totalizando 1,4 bilhão de reais, informou a empresa na noite de quarta-feira.

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O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 548,7 milhões de reais, recuo de 12,4 por cento ante o quarto trimestre de 2009. No ano, houve crescimento de 0,8 por cento, para 2,22 bilhões de reais.

A Redecard capturou 57,2 bilhões de reais em transações com cartões de crédito e débito no quarto trimestre de 2010, representando um aumento de 30,1 por cento sobre o registrado no mesmo período de 2009 e de 26,2 por cento sobre o terceiro trimestre.

Os custos totais dos serviços prestados totalizaram 232,2 milhões de reais e apresentaram um aumento de 66,2 milhões de reais ou 39,9 por cento em relação ao mesmo trimestre de 2009.

De acordo com a Redecard, esse aumento foi resultado de "34 milhões de reais pelo maior número de transações de crédito e débito, da maior quantidade de equipamentos instalados e do maior número em atendimentos telefônicos". A empresa comentou ainda que desembolsou 11,5 milhões de reais em estratégia de serviços aos clientes, como melhorias em call center e em manutenção de estabelecimentos; e 20,7 milhões de reais em "novas iniciativas, como início da captura da bandeira Visa e de novos credenciamentos".

O volume financeiro de operações de cartões de crédito subiu 29,4 por cento no quarto trimestre, enquanto no ano de 2010 houve alta de 25,6 por cento. Em número de transações, a empresa registrou aumentos de 21,6 por cento no trimestre e de 17,4 por cento no ano.

A Redecard e sua principal rival, Cielo, foram por cerca de 15 anos as únicas a operar com as bandeiras Mastercard e Visa, respectivamente, no mercado brasileiro.

Em julho do ano passado a exclusividade com as bandeiras de cartões terminou, dando início a uma nova era de competição no setor. Redecard e Cielo passaram a investir mais em marketing, oferecendo descontos e prêmios para fidelizar lojistas.

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