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Copel estuda entrada em geração de energia eólica

A companhia conta com "algumas dezenas de ofertas" de locais interessados em receber eventuais parques eólicos da companhia

Em 30 de julho de 2010, a Copel arrematou a usina de Colíder, com 300 megawatts de capacidade instalada, ao preço de 103,40 reais por megawatt-hora (NANI GOIS/VEJA)

Em 30 de julho de 2010, a Copel arrematou a usina de Colíder, com 300 megawatts de capacidade instalada, ao preço de 103,40 reais por megawatt-hora (NANI GOIS/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2011 às 18h57.

São Paulo -  Após sair dos limites do Paraná em 2010 e conquistar importantes ativos de geração e transmissão de energia em São Paulo e no Mato Grosso, a Copel pretende entrar no segmento de geração eólica, também fora do seu Estado de origem.</p>

A companhia conta com "algumas dezenas de ofertas" de locais interessados em receber eventuais parques eólicos da companhia, e já existem contatos com fornecedores para que a empresa já tenha pré-contratos quando os leilões forem realizados, afirmou à Reuters o presidente da estatal paranaense, Lindolfo Zimmer.

"É desejável que a participação no leilão seja fechada com fornecedores definidos", disse. "Os custos de implantação (de uma usina eólica) estão caindo de forma acentuada... Nossa empresa não pode se dar ao luxo de ficar de fora", acrescentou.

Ele não revelou em quais locais poderiam ser construídos parques eólicos da Copel, mas disse que mapeamentos mostram o Nordeste, partes de Minas Gerais e Rio de Janeiro e sul do Rio Grande do Sul como locais propícios.

Na manhã desta quarta-feira, em teleconferência com analistas, o presidente do Conselho de Administração da empresa, Mauricio Schulman, disse que a companhia não participará de projetos que tenham taxas de retorno inferiores aos custos.

Schulman afirmou que estudos indicam que o potencial para a energia eólica no Brasil é de mais de 150 mil megawatts (MW), 50 por cento a mais do que toda a geração hídrica no país.

ANTECIPAÇÃO DE COLÍDER O presidente da Copel afirmou ainda que a companhia está tentando antecipar o início das operações da hidrelétrica de Colíder (MT) em seis meses, de junho para janeiro de 2014.

Segundo Zimmer, em 15 de maio será lançada a pedra fundamental da usina, apesar de já haver um acampamento e um canteiro de obras no local.

"As coisas estão absolutamente em ordem, dentro do previsto", disse. A antecipação melhoraria a taxa de retorno do empreendimento.

Em 30 de julho de 2010, a Copel arrematou a usina de Colíder, com 300 megawatts (MW) de capacidade instalada, ao preço de 103,40 reais por megawatt-hora (MWH), em leilão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A usina está localizada no Rio Teles Pires, afluente do Tapajós.

Zimmer, que chamou a região Norte de "Eldorado da energia", afirmou que a Copel olha com muito interesse os futuros leilões de hidrelétricas na região. Outras usinas da Bacia do Tapajós podem ter leilões de concessão nos próximos anos.

Além disso, o presidente da Copel afirmou que, caso a estatal paulista de geração Cesp seja privatizada, "existe uma possibilidade real de (a empresa) ser avaliada".

"Não temos nenhuma contraindicação. Conhecemos bem, é nossa vizinha, e temos competência técnica e temos capacitação financeira", completou.

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