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Consumidores querem usar o celular e até geladeira para fazer compras

Carteira é coisa do passado e pessoas estão dispostas a usar novos meios de pagamento, como reconhecimento facial e dispositivos inteligentes

Pagamento digital: O consumidor brasileiro é um dos mais interessados em inovação nos meios de pagamento, como reconhecimento facial (57%) e criptomoedas (63%) (seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images)

Karin Salomão

Publicado em 2 de junho de 2020 às 14h40.

Última atualização em 3 de junho de 2020 às 10h41.

O meio de fazer compras e pagar por elas vai mudar mais nos próximos cinco anos do que nos 50 anos anteriores, segundo uma pesquisa feita pela multinacional de meios de pagamento Wirecard.A pesquisa contou com 5.000 respondentes de idades entre 18 e 44 anos em sete grandes mercados: Brasil, China, Alemanha, Cingapura, Emirados Árabes, Reino Unido e Estados Unidos. O estudo foi realizado emnovembro de 2019, ou seja, antes da pandemia do coronavírus, e divulgado agora.

O consumidor brasileiro é um dos mais interessados em inovação nos meios de pagamento, comoreconhecimento facial (57%) e criptomoedas (63%). No caso da realidade virtual, 85% dos brasileiros gostariam de utilizá-la para provar peças de roupa e calçadas em uma compra online. Além disso,24% dos brasileiros entrevistados confiam mais em provedores de pagamento (Apple Pay, Samsung Pay, Amazon Pay) do que em bancos tradicionais e outras organizações.

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A maior parte dos consumidores já usam ou estariam interessados em usar o próprio celular para pagar pelas compras em uma loja física, mesmo no caso de itens mais caros.Uso de impressão digital ou reconhecimento facial estão entre as inovações que os consumidores estariam dispostos a usar. No Brasil, 57% estariam dispostos a usar o reconhecimento facial para compras, embora a taxa de adoção desse método seja de apenas 1%. Outras maneiras de pagar pelo celular também incluem aplicativos ou códigos QR, usados principalmente no Brasil.

Consumidores também testariam compras sem o auxílio de vendedores, como realizar o próprio checkout nos caixas e usar realidade virtual para provar roupas pela internet. Espelhos inteligentes para provar roupas, totens para pedir outros itens e experiências mais imersivas para compras online também estão entre os desejos dos consumidores.

Ainda que o celular seja um dos grandes expoentes para compras digitais, os consumidores podem usar diversos objetos conectados para fazer compras. Geladeiras inteligentes poderiam abastecer a despensa e comprar um novo item pode ser tão simples quanto fazer o pedido em voz alta para um dispositivo como o Echo, da Amazon, e o Home, do Google.

Chineses, por exemplo, estão entre os mais dispostos a fazer compras de dentro do carro.Do outro lado, na Alemanha os consumidores são mais relutantes em usar um dispositivo de reconhecimento de voz para compras.

Veja no gráfico abaixo os principais dados da pesquisa.

Mudanças com o coronavírus

A substituição do papel-moeda e dos cartões por meios digitais já vinha acontecendo em vários países, cada um em seu ritmo. Mas a pandemia do novo coronavírus deve acelerar essa transição em todo o mundo, já que as pessoas estão menos dispostas a receber ou pagar em dinheiro físico ou mesmo a pegar um cartão dentro da carteira.

No Brasil, a pandemia do novo coronavírus acelerou o uso de meios de pagamento digitais. O PicPay quer estar na vanguarda dos meios de pagamento no Brasil com uma nova tecnologia: pagamentos por reconhecimento facial. Os primeiros testes com a tecnologia já estão sendo feitos na nova sede do Banco Original, controlador do PicPay. Com a reabertura do comércio, os planos são expandir o processo para todos os consumidores e estabelecimentos interessados.

Os códigos QR também apareceram na televisão dos consumidores, principalmente em lives de artistas para arrecadar doações.  Nomes como PicPay, Ame, PagSeguro e Stone já imprimiram seus logotipos — e seus QR codes — em lives de todos os estilos musicais durante a quarentena. O movimento é de ganha-ganha: enquanto a tecnologia viabiliza doações, os apps, no fim, angariam alguns milhões de novos usuários.

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