Concorrência pressiona custos e derruba lucro da Redecard
No primeiro trimestre após o fim da exclusividade, companhia elevou gastos com atendimentos, sistemas e parcerias
Tatiana Vaz
Publicado em 28 de outubro de 2010 às 11h10.
São Paulo – A Redecard encerrou o terceiro trimestre com um lucro líquido de 324,1 milhões de reais, um decréscimo de 2,7%, pressionado pelo aumento de custos e despesas operacionais no período. Esta foi a primeira divulgação de resultados da companhia após o fim da exclusividade do mercado de cartões, que começou a vigorar em 1º de julho.
custo total dos serviços prestados no período foi de 179,7 milhões de reais e as despesas operacionais somaram 145,4 milhões de reais, valores 40,8% e 50,4% maiores em relação ao mesmo trimestre de 2009, respectivamente.
De acordo com Marcelo Kopel, diretor de finanças da empresa, 50% desses montantes são explicados pelo crescimento do volume transacionado. Os outros 30% estão relacionados à melhoria de atendimento e 20% em relação a novas iniciativas, como com o custo de captura de Visa - tarifas mais elevadas que as nossas.
O volume de atendimentos pelo call center no período foi cinco vezes maior que o habitual, um crescimento expressivo em decorrência das adaptações de mercado”, afirma Roberto Medeiros, presidente da Redecard. No entanto, Medeiros acredita que esses custos elevados não são recorrentes e devem se diluir nos próximos trimestres.
Volume de transações
A receita obtida pela companhia com volume de transações por cartão de crédito foi de 410,6 milhões de reais, volume 13,4 maior em relação ao terceiro trimestre do ano anterior. Já as transações com cartão de débito atingiram 109,1 milhões de reais, número 13,6% maior que o mesmo período de 2009. “Esses resultados estão em linha com que esperávamos”, diz Medeiros.
Nesta primeira fase de adaptação às regras do setor, a Redecard fechou parcerias com bancos, como Safra, além de priorizar a negociação das taxas cobradas com os maiores clientes. Os grandes varejistas representam, segundo a companhia, cerca de 40% do volume de transações trazidos com mais rapidez, em especial com pagamento por débito.
Para o próximo trimestre, Medeiros acredita que a companhia terá até 22% de volume pré-pago maior para os clientes. Também afirmou que as despesas com marketing continuarão representando 4,5% da receita de crédito e débito da empresa.
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