Acesse o melhor conteúdo do seu dia, o único que você precisa.
(Karin Salomão/Site Exame)
Karin Salomão
Publicado em 7 de dezembro de 2017 às 12h00.
Última atualização em 7 de dezembro de 2017 às 12h00.
São Paulo – Lavar roupas é um processo bastante simples. É só colocar as peças na máquina, acrescentar sabão e amaciante, escolher um ciclo e pronto. Fabricar as máquinas de lavar é outra história.
A Whirlpool, dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid, desenvolve, do zero, suas máquinas de lavar roupa na fábrica em Rio Claro, interior de São Paulo. Daqui, saem projetos que serão produzidos em todo o mundo.
Além das máquinas de lavar, a companhia também produz, nesta fábrica, fogões e cooktops.
O site EXAME visitou a fábrica para mostrar como são feitas as máquinas de lavar da Whirlpool.
Algumas das peças são fabricadas internamente, como o caso da tampa da máquina de lavar. A matéria prima, o plástico, é aquecida e injetada em um molde. Aqui, o funcionário verifica a peça, se há rebarbas ou imperfeições.
Outros componentes já chegam prontos dos fornecedores.
A máquina de lavar é formada pelo gabinete, cesto (foto) e motor, que faz o cesto girar e bombear a água.
A fábrica funciona em 4 turnos de 6 horas. São 4.200 funcionários, 3.000 deles da própria empresa e o restante terceirizados e de serviços.
Com 443 mil metros quadrados de área, a fábrica tem capacidade para produzir uma máquina de lavar a cada 6 segundos e um fogão a cada 7 segundos.
Enquanto alguns itens são transportados por caminhões, outros pairam sobre a cabeça dos funcionários.
Os gabinetes são carregados por ganchos em trilhos aéreos, para desobstruir o trânsito terrestre.
A montagem é feita em movimento e a esteira não para de girar. Por isso, os funcionários já têm a sua disposição todos os componentes, parafusos e ferramentas que irão precisar. Na foto, eles estão parafusando o motor em sua base.
O cesto é o próximo a ser acoplado à base. Ao mesmo tempo, o funcionário também coloca a suspensão. Assim como em um carro, esse mecanismo é essencial para que a máquina não se movimente muito.
Um funcionário verifica o interior do produto e acrescenta o agitador. Esta máquina, assim como outras da marca Brastemp, é de eixo vertical, o que significa que o consumidor coloca as roupas por cima.
Esse modelo é mais comum nos Estados Unidos. A empresa desenvolve, aqui em Rio Claro, os projetos de máquinas de lavar que serão usados no mundo todo.
A Whirlpool é uma das maiores empresas de eletrodomésticos do mundo, com 93 mil funcionários. Globalmente, ela tem 34 operações. Na América Latina, são 17.
No Brasil, ela também tem fábricas em Manaus e Joinville e um escritório em São Paulo.
Depois da colocação do gabinete, que é a parte externa, a tampa é o próximo elemento a ser parafusado no lugar certo.
Aqui, as máquinas que já estão prontas recebem uma última checagem. Todos os produtos são limpos externamente antes de serem embalados, para não ficar nenhuma mancha.
Antes mesmo de chegarem na casa do consumidor, algumas máquinas são testadas na fábrica. Cerca de 4% a 6% dos itens passam por um ciclo de lavagem comum. Por isso, esse setor está sempre com um cheiro agradável de sabão.
As máquinas de lavar prontas são encaminhadas, por trilhos aéreos, ao setor de embalagens. Na foto, um lote de eletrodomésticos da Consul.
Papelão, isopor e uma embalagem plástica protegem o eletrodoméstico durante o transporte.
A fábrica da Whirlpool não fabrica apenas máquinas de lavar. Fogões e cooktops também saem daqui. Na foto, uma funcionária prepara o sistema de gás, que leva o combustível até as bocas do fogão.
Na foto, os nichos internos dos fogões são transportados pelo mesmo sistema aéreo que leva os gabinetes das máquinas de lavar.
Esses nichos são encaixados nos gabinetes, que já receberam o sistema de gás.
A montagem dos cooktops é bem mais simples. O sistema de gás é colocado dentro de uma caixa de metal, isolada termicamente com lã de vidro. A caixa é tampada, então, com vidro.
Assim como no processo das máquinas de lavar, os fogões e cooktops também são testados e produzem chamas, para verificar se a montagem foi realizada da maneira certa.
Na foto, parte do setor de embalagens e do estoque da fábrica.
Entenda como o equity se tornou o ativo mais valioso e o motor do crescimento na Nova Economia em artigo escrito por João Kepler para a EXAME
Conhecida pelos chás, a curitibana Moncloa entra nos mercados de autocuidado e aromaterapia. O objetivo: abrir 150 lojas nos próximos anos
Com sede em Florianópolis, a startup ajuda operadoras de saúde com organização de dados, relatórios e indicadores regulatórios
Desenrola Pequenos Negócios já renegociou R$ 6 bilhões em dívidas. Prazo acaba no dia 31 de dezembro; saiba como funciona