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Cetip tem lucro 17,6% maior no 4º trimestre

A empresa teve o resultado operacional medido pelo Ebitda 16,5% maior na comparação anual, de 232,4 milhões de reais.

Cetip: em abril passado a empresa anunciou união das operações com a BM&FBovespa

Cetip: em abril passado a empresa anunciou união das operações com a BM&FBovespa

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Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 18h57.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2017 às 22h15.

São Paulo - A Cetip , maior depositária de ativos privados da América Latina, anunciou nesta quarta-feira lucro líquido de 150,5 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 17,6 por cento sobre um ano antes.

A empresa, que em abril passado anunciou união das operações com a BM&FBovespa , teve o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) 16,5 por cento maior na comparação anual, de 232,4 milhões de reais.

A receita líquida somou 334,8 milhões de reais, montante 14,3 por cento maior em relação a um ano antes, com destaque para a unidade de títulos e valores mobiliários, cujo faturamento cresceu 13,5 por cento.

De acordo com o diretor de relações com investidores da companhia, Willy Jordan, o setor deve ter resultados mistos em 2017, com a gradual melhora das condições de crédito no segundo semestre permitindo expansão de instrumentos de mercado como Certificados de Operações Estruturadas (COE), CDBs, Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA).

Por outro lado, a queda da Selic deve pressionar as receitas com algumas transações oriundas do ciclo de queda das taxas de juros.

"Neste ano não vamos ter os mesmos ventos de cauda que tivemos no início de 2016", disse Jordan. "O desafio é maior de manter taxa de crescimento similar à do ano passado."

Já a unidade de financiamentos, impactada pelo fraco desempenho do mercado de financiamentos de veículos, teve receita líquida 9,2 por cento maior.

Segundo Jordan, a alta de 7,7 por cento dessa linha na comparação sequencial é um indício de que o setor automotivo começa a se recuperar, após ter atingido o piso em mais de uma década.

A última linha do resultado foi pressionada pelo aumento de 11,9 por cento das despesas operacionais ajustadas, a 99,2 milhões, refletindo em parte a inclusão dos custos relacionados a um programa de incentivo, que implica em desembolso de caixa e entra na linha de despesa de pessoal, por ser considerada como remuneração para fins trabalhistas.

Já o volume de investimentos da companhia somaram 20,2 milhões de reais no trimestre, volume 53,3 por cento menor do que um ano antes, com a proximidade de migração de escritórios e data centers da Cetip para Barueri (SP).

No último dia 10, Cetip e BM&FBovespa pediram ao Cade para prorrogar o prazo de análise da fusão por 60 dias, o que estende a data final para 24 de abril. Inicialmente, a previsão das companhias era de que a fusão fosse aprovada até fevereiro.

"O adiamento vai jogar para frente algumas sinergias esperadas", disse Jordan à Reuters.

Em novembro, a superintendência do órgão antitruste recomendou que o tribunal do Cade avaliasse tomar medidas para solucionar problemas concorrenciais com a fusão.

Em relatório, analistas do Credit Suissse apontaram que a fusão deve ser aprovada pelo Cade com pequenas condições.

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