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Castello Branco: diretoria da Petrobras contribuirá para troca de comando suave e eficiente

O executivo frisou que está disposto a ajudar no processo de transição da presidência da empresa; Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna para o cargo

Petrobras: analistas de mercado elogiaram o trabalho de Castello Branco a frente da estatal (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Petrobras: analistas de mercado elogiaram o trabalho de Castello Branco a frente da estatal (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 25 de fevereiro de 2021 às 13h49.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2021 às 13h50.

A atual diretoria da Petrobras ficará pelo menos até o fim de seu mandato, em 20 de março, e está disposta a contribuir para que a troca de comando seja feita de maneira "suave e eficiente", afirmou nesta quinta-feira o presidente da companhia, Roberto Castello Branco.

As afirmações vem após o presidente Jair Bolsonaro decidir não renovar o mandato de Castello Branco, após considerar excessivos reajustes nos preços de diesel e gasolina realizados pela petroleira nas refinarias na semana passada.

Em videoconferência com analistas de mercado, o executivo frisou ainda que está disposto a ajudar no processo de transição da presidência da empresa. Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna para ser o novo CEO.

"Estaremos dispostos a fazer (a transição) de maneira mais suave e eficiente", afirmou, ao explicar que ainda não tem informações sobre como se dará o processo.

Segundo ele, os diretores ficarão até o final do mandato e depois aguardarão as decisões do novo comando.

"Nós continuamos a trabalhar normalmente pelo menos até 20 de março, o que estamos fazendo não mudará... inclusive no que diz respeito a paridade nos preços de importação", afirmou ele, na apresentação dos resultados da empresa em 2020.

Durante a videoconferência, analistas de mercado elogiaram o trabalho de Castello Branco, antes de realizar suas perguntas.

Ao abrir a reunião, o presidente da Petrobras afirmou que estratégia traçada pela Petrobras pela atual administração jamais deixou de ser seguida e defendeu sua política de preços de combustíveis.

"É surpreendente, em pleno século 21, dedicarmos tanto tempo à discussão sobre regra da paridade de importação de combustíveis", afirmou.

O executivo destacou que é preciso seguir paridade de importação de combustíveis, uma vez que esses produtos são commodities internacionais e boa parte da dívida da estatal é em dólar. Segundo ele, os preços abaixo do mercado internacional geram consequências negativas.

Em 2020, o valor da gasolina da Petrobras teve uma queda de 4% enquanto o diesel caiu 13%, segundo apresentação publicada pela empresa.

Segundo a companhia, em 2021 foram realizados ajustes adicionais na gasolina, diesel e GLP, "em linha com a política adotada ao longo de 2020".

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