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Cade abre processo contra Raízen, BR, Air BP e GRU Airport

Processo foi feito a partir da denúncia da empresa Gran Petro de que as distribuidoras estariam impedindo sua atuação no aeroporto

IMAGEM DE ARQUIVO DO AEROPORTO DE GUARULHOS: o Cade abriu processo contra distribuidoras de combustível e a administradora do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo (Karin Salomão/Site Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de outubro de 2018 às 13h07.

Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu processo contra distribuidoras de combustível e a administradora do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), GRU Airport, por suspeita de barrarem a entrada de concorrentes no fornecimento de querosene de aviação. São investigadas as empresas Raízen Combustíveis , BR Distribuidora , Air BP, além da GRU Airport .

O processo foi instaurado na terça-feira pela superintendência-geral do conselho após investigação que teve início em 2014, com denúncia da empresa Gran Petro de que as distribuidoras e a administradora estariam impedindo sua atuação no aeroporto.

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As três distribuidoras investigadas teriam um contrato com a GRU Airport que prevê que a entrada de outra empresa na base de distribuição compartilhada pelas empresas no aeroporto depende da anuência das participantes. De acordo com o Cade, esse dispositivo foi investigado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que concluiu que ele infringia contrato de concessão da administradora com a União.

"Após o início das investigações no Cade, as distribuidoras concordaram em avaliar a entrada da Gran Petro na base de distribuição do aeroporto de Guarulhos, mas impuseram uma série de exigências e dificuldades que podem configurar condutas anticompetitivas", afirma nota do órgão.

A Gran Petro também acusou a Raízen de estar dificultando a atuação da empresa na região de Paulínia, onde fica uma refinaria da Petrobras, que produz querosene de aviação.

"Há indícios de que a Raízen teria se recusado a compartilhar sua base de distribuição próxima à refinaria com a Gran Petro, sem justificativa técnica ou econômica e mesmo após recomendação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)", completa o conselho.

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