Roberto Sallouti, presidente do BTG Pactual: a importância do ESG nos bancos (Divulgação/Exame)
Denyse Godoy
Publicado em 25 de agosto de 2020 às 09h17.
Última atualização em 25 de agosto de 2020 às 09h21.
O BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, que é controlado pelos mesmos sócios da EXAME, lançou hoje um programa para apoiar a profissionalização e a aceleração do crescimento de ONGs (organizações não-governamentais) e OSCs (organizações da sociedade civil).
Chamado BTG Soma, o programa vai oferecer mentoria às entidades, workshops e 80 horas de capacitação com conceitos aplicáveis em marketing, planejamento estratégico, modelos de negócios, finanças, avaliação de impacto, propostas de expansão e captação de recursos. O projeto conta com a consultoria da Ação Social para Igualdade das Diferenças (ASID Brasil) e terá início no mês de setembro.
“Queremos ajudar ONGs e OSCs que já realizam trabalhos exemplares, mas que ainda carecem de apoio profissional para se estruturar, crescer e ampliar o alcance de suas atividades. Por meio de voluntários do próprio banco e aulas de capacitação, vamos abraçá-las para que possam mudar de patamar e evoluir cada vez mais”, diz Roberto Sallouti, presidente do BTG Pactual.
Cada organização selecionada para participar do projeto contará com quatro mentores, sendo três voluntários do BTG Pactual e um especialista da ASID Brasil. Também serão mentores voluntários personalidades de destaque no mundo empresarial e no terceiro setor brasileiro como Edu Lyra, fundador e presidente da ONG Gerando Falcões; Paula Fabiani, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS); Patricia Lobaccaro, fundadora e presidente da Mobilize Global; Rodrigo Pipponzi, cofundador da Editora MOL e conselheiro do Instituto ACP; e Iuri Rapoport, diretor executivo e sócio do BTG Pactual, presidente do conselho deliberativo da Conservation International, presidente do Instituto Bacuri e embaixador do Ballet Paraisópolis.
O acompanhamento personalizado vai durar 12 meses. Na primeira fase do BTG Soma, serão selecionadas para o programa instituições que têm relação com os temas de empreendedorismo, educação e meio ambiente, áreas que já têm projetos apoiados pelo departamento de responsabilidade social do banco. A escolha das ONGs e OSCs será feita por meio de um comitê social, que irá analisar quais são as principais necessidades da entiudade e as áreas mais precisam de apoio. Até o final do ano, cinco serão escolhidas para participar da aceleração. A partir de 2021, serão 10 instituições ao ano.
A ideia de criar o BTG Soma surgiu no primeiro semestre de 2020, quando o BTG Pactual e seus sócios anunciaram a doação de 50 milhões de reais para iniciativas de combate à pandemia do novo coronavírus. Durante o processo de doação dos recursos, o banco percebeu que poderia apoiar muitas ONGs e OSCs na profissionalização de seus processos.
“A pandemia nos fez viver um momento de solidariedade jamais visto no Brasil. Devemos contribuir para que essa cultura de doação se perpetue’”, diz Martha Leonardis, sócia e diretora de responsabilidade social e eventos do BTG Pactual.