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BRF vê acirramento de concorrência no Brasil

A companhia divulgou na véspera um crescimento no segundo trimestre de vendas de alimentos processados de 15 por cento


	Fábrica da BRF: o momento atual de retração da atividade econômica do Brasil suscita aceleração dos investimentos da BRF no país
 (Divulgação)

Fábrica da BRF: o momento atual de retração da atividade econômica do Brasil suscita aceleração dos investimentos da BRF no país (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2015 às 11h57.

São Paulo - A empresa de alimentos BRF está vendo um aumento da rivalidade concorrencial no Brasil em um momento de demanda dos consumidores mais contida e em que a empresa trabalha no relançamento de marcas.

A companhia divulgou na véspera um crescimento no segundo trimestre de vendas de alimentos processados, uma de suas principais categorias de produtos, de 15 por cento, em um desempenho que surpreendeu analistas que vinham acompanhando performances mais modestas de outros segmentos da indústria de alimentos, como biscoitos.

Parte desse crescimento em processados ocorreu diante de um mercado interno "mais ativado", disse o presidente global da companhia, Pedro Faria, em referência a esforços de marketing e comerciais despendidos pela BRF e rivais como a Seara, do grupo JBS.

Na avaliação do executivo, o momento atual de retração da atividade econômica do Brasil suscita aceleração dos investimentos da BRF no país.

No segundo trimestre, a empresa ampliou gastos para reforçar suas equipes comerciais por meio da criação de cinco regionais de operações no país com mais independência para agilizar o desenvolvimento da companhia.

A BRF divulgou na véspera que encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de operações continuadas de 364 milhões de reais, um salto de cerca de 47 por cento sobre o resultado positivo obtido um ano antes.

O vice-presidente financeiro, Augusto Ribeiro, afirmou na ocasião a jornalistas que a empresa está vendo dificuldades em promover reajustes de preços no Brasil no segundo semestre, mas que a empresa estava preparada para proteger suas margens de lucro.

As ações da BRF exibiam alta de 3,4 por cento às 11h18, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 1,2 por cento.

Analistas consideraram o resultado da BRF positivo diante da resistência das margens da companhia à economia brasileira e forte expansão de negócios no exterior, com destaque para o Oriente Médio e África, onde a receita operacional líquida no segundo trimestre cresceu 30 por cento e a margem de lucro antes de juros e impostos (Ebit) avançou 18 pontos percentuais.

Considerando os resultados da BRF como "estelares", o analista do Bradesco BBI Gabriel Lima afirmou que ainda é difícil dizer o quanto do ganho de exportações da empresa foi estrutural ou decorrente de um ciclo na indústria, mas comentou que o momento atual do setor de frangos no Brasil está mais forte do que os investidores esperavam.

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