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BRF se prepara para ampliar presença internacional

A fabricante de alimentos brasileira se prepara para ampliar presença internacional, com foco em consumidores finais do sul e sudeste asiático

Sede da BRF: diretor financeiro citou como países-alvo a Índia, Malásia e Indonésia (divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 17h15.

São Paulo - A fabricante brasileira de alimentos BRF está se preparando para ampliar sua presença internacional, focando em consumidores finais de regiões no sul e sudeste da Ásia , em um movimento que pode incluir parcerias com grupos locais ou mesmo aquisições, disse o diretor financeiro da empresa, Augusto Ribeiro, nesta sexta-feira.

"A empresa está com uma situação de caixa fantástica... Fusões e aquisições e parcerias são chave para nós", disse o executivo a jornalistas. Ele citou como países-alvo a Índia, Malásia e Indonésia. Na China, o grupo segue negociando formação de joint venture, mas o executivo não deu detalhes.

A companhia encerrou o terceiro trimestre com caixa de cerca de 5 bilhões de reais e um nível de endividamento sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 1,4 vez, nível considerado baixo pela própria BRF.

Segundo Ribeiro, diante da forte posição de caixa e do baixo endividamento, a BRF deve ampliar sua alavancagem no processo de fusões e aquisições a ser promovido para a expansão internacional do grupo.

"Não vamos ter problema para acessar mercado de dívida. Vemos bancos nos incentivando a captar", disse o executivo. "Historicamente, o nível de alavancagem da BRF sempre foi ao redor de 2 vezes (dívida líquida sobre Ebitda)", acrescentou.

A BRF abriu sua primeira fábrica própria no Oriente Médio em novembro, em Abu Dhabi. A unidade tem capacidade para produção de 70 mil toneladas de produtos processados como hamburgueres, volume que deverá ser alcançado nos próximos dois a três anos. A fábrica se encaixa na estratégia da empresa de criar fora do Brasil uma estrutura de "farm to fork", da fazenda à mesa dos consumidores. A unidade recebe carne congelada produzida no Brasil e faz o processamento para uma série de produtos com margens maiores.

"Queremos que a empresa se transforme de uma exportadora para uma multinacional", disse o diretor de "global desk" da BRF, José Humberto Teodoro Jr. A área foi recentemente criada na companhia e tem como objetivo ajudar na conexão entre as unidades produtoras de alimentos no Brasil com os planos de expansão internacional do grupo.

Perdigão de volta

A BRF avalia que a queda nos preços de grãos deve criar um ambiente favorável à melhora de margens de lucro da indústria de alimentos no próximo ano, mas o quadro pode gerar também um crescimento acelerado na oferta de frango, afetando os preços dos produtos.

No mercado interno do Brasil, a BRF se prepara para o relançamento da marca Perdigão em julho do próximo ano nos segmentos de presunto e linguiça curada. A empresa está impedida de vender produtos com a marca Perdigão há cerca de três anos, como exigência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para permitir a incorporação da Sadia pela Perdigão, que deu origem à BRF.

O relançamento da marca deve ajudar a companhia a enfrentar aumento da concorrência com a JBS Foods .

"É possível uma guerra de preços, mas a volta da Perdigão dará uma tranquilidade maior para a gente", disse Teodoro Jr.. Mesmo com uma marca só de presunto, a BRF tem uma participação de mercado de cerca de 60 por cento, atualmente, disse Ribeiro.

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São Paulo - A fabricante brasileira de alimentos BRF está se preparando para ampliar sua presença internacional, focando em consumidores finais de regiões no sul e sudeste da Ásia , em um movimento que pode incluir parcerias com grupos locais ou mesmo aquisições, disse o diretor financeiro da empresa, Augusto Ribeiro, nesta sexta-feira.

"A empresa está com uma situação de caixa fantástica... Fusões e aquisições e parcerias são chave para nós", disse o executivo a jornalistas. Ele citou como países-alvo a Índia, Malásia e Indonésia. Na China, o grupo segue negociando formação de joint venture, mas o executivo não deu detalhes.

A companhia encerrou o terceiro trimestre com caixa de cerca de 5 bilhões de reais e um nível de endividamento sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 1,4 vez, nível considerado baixo pela própria BRF.

Segundo Ribeiro, diante da forte posição de caixa e do baixo endividamento, a BRF deve ampliar sua alavancagem no processo de fusões e aquisições a ser promovido para a expansão internacional do grupo.

"Não vamos ter problema para acessar mercado de dívida. Vemos bancos nos incentivando a captar", disse o executivo. "Historicamente, o nível de alavancagem da BRF sempre foi ao redor de 2 vezes (dívida líquida sobre Ebitda)", acrescentou.

A BRF abriu sua primeira fábrica própria no Oriente Médio em novembro, em Abu Dhabi. A unidade tem capacidade para produção de 70 mil toneladas de produtos processados como hamburgueres, volume que deverá ser alcançado nos próximos dois a três anos. A fábrica se encaixa na estratégia da empresa de criar fora do Brasil uma estrutura de "farm to fork", da fazenda à mesa dos consumidores. A unidade recebe carne congelada produzida no Brasil e faz o processamento para uma série de produtos com margens maiores.

"Queremos que a empresa se transforme de uma exportadora para uma multinacional", disse o diretor de "global desk" da BRF, José Humberto Teodoro Jr. A área foi recentemente criada na companhia e tem como objetivo ajudar na conexão entre as unidades produtoras de alimentos no Brasil com os planos de expansão internacional do grupo.

Perdigão de volta

A BRF avalia que a queda nos preços de grãos deve criar um ambiente favorável à melhora de margens de lucro da indústria de alimentos no próximo ano, mas o quadro pode gerar também um crescimento acelerado na oferta de frango, afetando os preços dos produtos.

No mercado interno do Brasil, a BRF se prepara para o relançamento da marca Perdigão em julho do próximo ano nos segmentos de presunto e linguiça curada. A empresa está impedida de vender produtos com a marca Perdigão há cerca de três anos, como exigência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para permitir a incorporação da Sadia pela Perdigão, que deu origem à BRF.

O relançamento da marca deve ajudar a companhia a enfrentar aumento da concorrência com a JBS Foods .

"É possível uma guerra de preços, mas a volta da Perdigão dará uma tranquilidade maior para a gente", disse Teodoro Jr.. Mesmo com uma marca só de presunto, a BRF tem uma participação de mercado de cerca de 60 por cento, atualmente, disse Ribeiro.

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