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Brascan reduz preço-alvo para ações da Vale

Perspectiva de menores preços médios para produtos vendidos e queda nas vendas faz projeção diminuir

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A desaceleração da economia mundial desde o fim do ano passado vem impactando o setor siderúrgico e, como conseqüência, as margens da Vale. A perspectiva de que os preços para seus produtos continuem caindo, bem como suas vendas, fez com que a Brascan revisasse para baixo o preço-alvo para as ações da Vale, que passou de 52,07 reais para 46,03 reais.

Ainda assim, o potencial de retorno de 42,5% garantiu a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) aos papéis. Nesta sessão, as preferenciais (VALE5) apresentavam alta de 0,40% às 16h04, negociadas a 32,44 reais.

Um dos fatores que pesaram negativamente é a expectativa de que as importações chinesas de minério de ferro não mantenham o forte volume do primeiro trimestre, refletindo nos números da companhia. Tal segmentou respondeu por 95% da geração de caixa da mineradora nos três primeiros meses do ano, segundo a corretora.

"Ressaltamos que este fato traz um risco adicional à Vale, visto que a receita agora está muito mais sensível a qualquer variação da atividade econômica chinesa, além de não enxergarmos uma recuperação significativa no médio prazo para outros importantes mercados, como EUA, Europa e Japão", disse a Brascan.

Em resposta à menor demanda esperada, a estimativa para os preços de 2009 para minério de ferro e pelotas preveem quedas de, respectivamente, 20% e 30%. O volume de vendas de minério também deve sofrer forte queda anual de 18%, segundo os analistas, enquanto que o de pelotas despenca 55%.

A Vale anunciou, inclusive, uma diminuição no montante de investimentos previstos. O novo total a ser investido em 2009 é de 9 bilhões de dólares, frente aos 14 bilhões anteriormente anunciados.

"Alertamos mais uma vez para o grande nível de incerteza que ainda paira sobre a economia mundial e seus efeitos para o desempenho do setor siderúrgico, que, através do consumo de ferrosos, respondeu por 64% da receita bruta da Vale no primeiro trimestre deste ano", afirmou a corretora.

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