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Bradesco vê pressão concorrencial e maior custo para 2014

Executivo previu que a alta da taxa básica de juros começará a impactar o custo de captação do banco no quarto trimestre deste ano

Agência do Bradesco: banco revisou para baixo sua previsão de crescimento de margem financeira de juros, para 1 a 3 por cento em 2013 (Adriano Machado/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 10h37.

São Paulo - O Bradesco afirmou nesta terça-feira que a pressão concorrencial dos bancos públicos e a alta do custo de captação de recursos causada pela alta da Selic pressionarão seu desempenho no ano que vem, período em que o spread deve ficar estável ou cair.

O spread é a diferença entre o custo do dinheiro para um banco e o que ele cobra pelos empréstimos. "Os bancos públicos deixaram de ser agressivos em algumas taxas, mas continuam bem competitivos", disse o diretor executivo e de relações com investidores do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, em teleconferência com analistas.

"Em algumas linhas tem espaço para mexer com algum spread, mas a forte competição no nosso caso não permite uma elevação significativa na média da carteira", afirmou. Segundo ele, o spread do Bradesco deve se manter estável ou recuar em 2014.

O executivo previu que a alta da taxa básica de juros (Selic) começará a impactar o custo de captação do banco no quarto trimestre deste ano.

Na segunda-feira, ao divulgar o resultado do terceiro trimestre, o banco revisou para baixo sua previsão de crescimento de margem financeira de juros, para 1 a 3 por cento em 2013. No segundo trimestre, o banco já havia ajustado esta linha, da faixa de 7 a 11 por cento para a de 4 a 8 por cento. O avanço mais lento do que o esperado da carteira de crédito motivou a revisão.

Diante do cenário desafiador, o Bradesco manterá sua política de controle de custos. Para 2014, o banco prevê que as despesas operacionais devem continuar a crescer abaixo da inflação em 2014. No terceiro trimestre, as despesas operacionais cresceram dentro do nível esperado pelo banco, de 2 a 6 por cento. Este item somou 6,98 bilhões de reais, avanço de 4,2 por cento ante o mesmo trimestre de 2012.


Na véspera, o executivo destacou que a inadimplência ficará controlada, podendo até recuar. Nesta terça-feira, Angelotti disse que as provisões para devedores duvidosos devem manter os níveis do terceiro trimestre durante o quarto trimestre.

As ações do banco exibiam oscilação positiva de 0,12 por cento às 11h19, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,4 por cento.

Volatilidade

Depois de apurar resultados abaixo da média histórica na tesouraria no segundo e no terceiro trimestres deste ano, o Bradesco prevê retomar ganhos de 200 milhões de reais nesta área. Em julho, o executivo havia dito que a tesouraria retomaria ganhos de 200 milhões a 300 milhões de reais.

Devido à volatilidade do mercado, a linha de títulos disponíveis à venda trouxe impactos negativos no patrimônio líquido do banco nos últimos meses devido à marcação a mercado dos títulos detidos pela instituição.

Por isso, o banco avalia a opção de mover parte dos papéis para a carteira de mantidos até o vencimento. "Assim estes títulos não ficariam sujeitos a marcação a mercado positiva ou negativa", disse.

Independentemente da decisão, o executivo disse que os problemas de volatilidade sofridos pela linha de títulos disponíveis à venda não apresentam risco para os resultados da instituição nos próximos trimestres.

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São Paulo - O Bradesco afirmou nesta terça-feira que a pressão concorrencial dos bancos públicos e a alta do custo de captação de recursos causada pela alta da Selic pressionarão seu desempenho no ano que vem, período em que o spread deve ficar estável ou cair.

O spread é a diferença entre o custo do dinheiro para um banco e o que ele cobra pelos empréstimos. "Os bancos públicos deixaram de ser agressivos em algumas taxas, mas continuam bem competitivos", disse o diretor executivo e de relações com investidores do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, em teleconferência com analistas.

"Em algumas linhas tem espaço para mexer com algum spread, mas a forte competição no nosso caso não permite uma elevação significativa na média da carteira", afirmou. Segundo ele, o spread do Bradesco deve se manter estável ou recuar em 2014.

O executivo previu que a alta da taxa básica de juros (Selic) começará a impactar o custo de captação do banco no quarto trimestre deste ano.

Na segunda-feira, ao divulgar o resultado do terceiro trimestre, o banco revisou para baixo sua previsão de crescimento de margem financeira de juros, para 1 a 3 por cento em 2013. No segundo trimestre, o banco já havia ajustado esta linha, da faixa de 7 a 11 por cento para a de 4 a 8 por cento. O avanço mais lento do que o esperado da carteira de crédito motivou a revisão.

Diante do cenário desafiador, o Bradesco manterá sua política de controle de custos. Para 2014, o banco prevê que as despesas operacionais devem continuar a crescer abaixo da inflação em 2014. No terceiro trimestre, as despesas operacionais cresceram dentro do nível esperado pelo banco, de 2 a 6 por cento. Este item somou 6,98 bilhões de reais, avanço de 4,2 por cento ante o mesmo trimestre de 2012.


Na véspera, o executivo destacou que a inadimplência ficará controlada, podendo até recuar. Nesta terça-feira, Angelotti disse que as provisões para devedores duvidosos devem manter os níveis do terceiro trimestre durante o quarto trimestre.

As ações do banco exibiam oscilação positiva de 0,12 por cento às 11h19, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,4 por cento.

Volatilidade

Depois de apurar resultados abaixo da média histórica na tesouraria no segundo e no terceiro trimestres deste ano, o Bradesco prevê retomar ganhos de 200 milhões de reais nesta área. Em julho, o executivo havia dito que a tesouraria retomaria ganhos de 200 milhões a 300 milhões de reais.

Devido à volatilidade do mercado, a linha de títulos disponíveis à venda trouxe impactos negativos no patrimônio líquido do banco nos últimos meses devido à marcação a mercado dos títulos detidos pela instituição.

Por isso, o banco avalia a opção de mover parte dos papéis para a carteira de mantidos até o vencimento. "Assim estes títulos não ficariam sujeitos a marcação a mercado positiva ou negativa", disse.

Independentemente da decisão, o executivo disse que os problemas de volatilidade sofridos pela linha de títulos disponíveis à venda não apresentam risco para os resultados da instituição nos próximos trimestres.

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