Gabriel Drummond, da Intelipost: o jeito é prometer menos e entregar mais (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 21 de novembro de 2023 às 09h24.
Última atualização em 21 de novembro de 2023 às 09h25.
A Black Friday já foi conhecida por problemas em série — descontos fictícios, sites fora do ar em razão da alta demanda, entrega atrasada, entre outros. A maturidade fez muitos varejistas estar mais atentos — e ter boas práticas para compartilhar com quem está chegando agora.
No quesito logística, o jeito é prometer menos e entregar mais, diz Gabriel Drummond, um dos fundadores da Intelipost, startup paulistana dedicada à conexão entre transportadoras e varejistas.
“Prometa uma entrega com alguma margem de segurança e mantenha o cliente atualizado sobre o status do pedido”, diz Drummond.
Em 2022, mesmo com uma Black- Friday prejudicada pela Copa, os clientes da Intelipost viram uma alta de 40% nos pedidos na data. Neste ano, a expectativa é de uma expansão de 50% nas vendas. “As vendas vêm numa única onda”, diz Drummond. “Já as entregas são como uma maré alta.”
Para evitar a ressaca após as vendas, Drummond recomenda esticar o prazo das ofertas. Campanhas como Black November, ao longo do mês, ajudam a diluir o impacto sobre a malha das transportadoras.
“Mas, para isso, é essencial ter um estoque organizado para dar conta de um volume de vendas alto por mais tempo”, diz ele. “Tudo isso vai requerer cuidados também com centros de distribuição e com a relação com as transportadoras.”
Esta reportagem foi publicada originalmente em agosto de 2023 na edição 1254 da EXAME.