Negócios

B2W tem lucro menor no 1o trimestre e ações recuam

A B2W, dona de sites de comércio eletrônico como Americanas.com e Submarino, espera manter suas margens em 2010, apesar do aumento da competição no varejo online. A empresa divulgou lucro líquido de 4,2 milhões de reais no primeiro trimestre, abaixo dos 8 milhões de reais um ano antes. Segundo a companhia, a linha final do […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

A B2W, dona de sites de comércio eletrônico como Americanas.com e Submarino, espera manter suas margens em 2010, apesar do aumento da competição no varejo online.
A empresa divulgou lucro líquido de 4,2 milhões de reais no primeiro trimestre, abaixo dos 8 milhões de reais um ano antes.

Segundo a companhia, a linha final do resultado foi afetada por ajuste a valor presente de vendas a prazo. Enquanto no início de 2009 isso gerou efeito positivo de 7,2 milhões de reais, de janeiro a março deste ano houve saldo negativo de 500 mil reais.

A receita líquida nos três meses até março somou 935,6 milhões de reais, expansão de 22 por cento sobre o mesmo período do ano passado. Os custos com mercadoria vendida avançaram 26 por cento, a 692,8 milhões de reais, também na comparação anual.

De acordo com o diretor de Relações com Investidores, Murilo Corrêa, a B2W aumentou a antecipação de fornecedores no final de 2009 e no começo deste ano. "Precisamos apoiar o capital de giro dos fornecedores, alguns deles são pequenos", afirmou o executivo em teleconferência com analistas nesta sexta-feira.

O Ebitda reportado --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação-- ficou em 102,2 milhões de reais no trimestre encerrado em março. Em igual intervalo do ano passado, o Ebitda foi de 94 milhões de reais.

A margem Ebitda sobre a receita líquida passou de 12,3 por cento, há um ano, para 10,9 por cento. Em todo 2009, a margem Ebitda sobre a receita líquida foi de 12,9 por cento, enquanto em relação ao faturamento bruto ficou em 9,3 por cento.

"Estamos buscando, com certeza vamos atingir isso (em 2010), a mesma margem Ebitda do ano passado em percentual da receita bruta", afirmou Corrêa. 
 


Segundo o executivo, a B2W vem fazendo investimentos em infraestrutura, logística e tecnologia para redução de despesas redundantes decorrentes da operação de três sites --Shoptime, além de Americanas.com e Submarino-- e de um canal televisivo de vendas, entre outros meios.

"Ao final de 2010 e ao longo de 2011 temos certeza de que vamos gerar economias", disse, quando questionado sobre a compressão das margens da companhia.
O mercado recebeu mal o desempenho da B2W no primeiro trimestre, principalmente pelas margens apresentadas pela empresa.

As ações da B2W recuavam 6,29 por cento às 13h50, para 33,50 reais, enquanto o Ibovespa cedia 2,35 por cento.

O tíquete médio de compra na B2W continuou a apresentar queda, embora os valores não tenham sido revelados --movimento atribuído pela empresa à estratégia de negócio na Internet.

"(A introdução de novas categorias de produtos) é extremamente importante para o nosso negócio. Lançamos pet shop, vitaminas, artes, sinalização e seguranca. Essas categorias já atingiram 'break even', foi muito rápido", afirmou Corrêa.

Conforme o executivo, a B2W está cada vez mais mirando o mercado total de varejo.
"O comércio eletrônico tem dois por cento do mercado como um todo. Temos 98 por cento para buscar. É muita participação para deixar somente com varejo físico... Uma forma eficiente de avançar é operar de forma cada vez mais eficiente e agregar mais categorias", explicou.

 


Acompanhe tudo sobre:AçõesB2WComércioEmpresasEmpresas brasileirasEmpresas de internetLucroVarejo

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia