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A receita do Fleury para combater a crise

Para diretor financeiro da empresa, parar de investir no que não traz rentabilidade é uma das saídas

Fleury: grupo fechou unidades e tem cortado custos (Germano Lüders/EXAME)

Luísa Melo

Publicado em 14 de setembro de 2015 às 18h51.

São Paulo - "A primeira coisa que se deve fazer para sair do buraco é parar de cavar e [em uma empresa] às vezes isso quer dizer parar de investir no que não tem rentabilidade", disse Adolpho Souza, diretor financeiro do Grupo Fleury , em encontro com executivos nesta quinta-feira, em São Paulo.

Ele participou do evento CIO Fórum, promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) para debater sobre os desafios do cenário econômico atual.

Revisar o portfólio foi exatamente o que a empresa fez no final de 2013, quando encerrou as atividades de 15 unidades de atendimento da bandeira a+ pelo país.

"Há quase 18 meses trabalhamos com um controle maior de despesas e gastos", disse Souza, creditando os ajustes à expansão acelerada da companhia nos últimos anos. "Todo crescimento rápido vem com suas dores", disse ainda.

"Receita"

Para Souza, as crises são momentos de oportunidade para profissionais da área financeira. "A nossa voz é mais ouvida nesse momento", garantiu. "Mas não adianta buscar o corte fácil, linear, de 10% para todas as áreas, porque isso vai prejudicar a empresa no futuro", completou.

Além da revisão dos serviços, o Fleury encontrou no "orçamento matricial"  uma forma de otimizar os gastos. Trata-se de um processo de controle de despesas fixas em que são feitas comparações (benchmarks) internas para identificar as melhores práticas da companhia.

A rede de laboratórios criou, por exemplo, indicadores para enxergar o quanto de material era gasto para se realizar um tipo específico de exame em diversas unidades–e descobriu que o número variava bastante de uma para outra.

"Identificamos ilhas de desperdício para depois fazer o controle", explicou Souza.

De acordo com ele, fazer uma gestão de riscos eficiente também é essencial para driblar crises. "O momento atual nos expõe a mais riscos de crédito e de mercado, por conta da taxa de juros e da inflação. Precisamos identificá-los, avaliar, propor tratamentos e cobrar a implementação", disse.

O Fleury tem hoje cerca de 9.000 funcionários e quase 150 unidades, além de trabalhar junto a 20 hospitais.

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São Paulo - "A primeira coisa que se deve fazer para sair do buraco é parar de cavar e [em uma empresa] às vezes isso quer dizer parar de investir no que não tem rentabilidade", disse Adolpho Souza, diretor financeiro do Grupo Fleury , em encontro com executivos nesta quinta-feira, em São Paulo.

Ele participou do evento CIO Fórum, promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) para debater sobre os desafios do cenário econômico atual.

Revisar o portfólio foi exatamente o que a empresa fez no final de 2013, quando encerrou as atividades de 15 unidades de atendimento da bandeira a+ pelo país.

"Há quase 18 meses trabalhamos com um controle maior de despesas e gastos", disse Souza, creditando os ajustes à expansão acelerada da companhia nos últimos anos. "Todo crescimento rápido vem com suas dores", disse ainda.

"Receita"

Para Souza, as crises são momentos de oportunidade para profissionais da área financeira. "A nossa voz é mais ouvida nesse momento", garantiu. "Mas não adianta buscar o corte fácil, linear, de 10% para todas as áreas, porque isso vai prejudicar a empresa no futuro", completou.

Além da revisão dos serviços, o Fleury encontrou no "orçamento matricial"  uma forma de otimizar os gastos. Trata-se de um processo de controle de despesas fixas em que são feitas comparações (benchmarks) internas para identificar as melhores práticas da companhia.

A rede de laboratórios criou, por exemplo, indicadores para enxergar o quanto de material era gasto para se realizar um tipo específico de exame em diversas unidades–e descobriu que o número variava bastante de uma para outra.

"Identificamos ilhas de desperdício para depois fazer o controle", explicou Souza.

De acordo com ele, fazer uma gestão de riscos eficiente também é essencial para driblar crises. "O momento atual nos expõe a mais riscos de crédito e de mercado, por conta da taxa de juros e da inflação. Precisamos identificá-los, avaliar, propor tratamentos e cobrar a implementação", disse.

O Fleury tem hoje cerca de 9.000 funcionários e quase 150 unidades, além de trabalhar junto a 20 hospitais.

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