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A "Ilha do Sílicio", no sul do Brasil, agora é a Capital Nacional das Startups

Decreto foi assinado pelo presidente Lula na última segunda-feira

Florianópolis: são 7,4 negócios tech a cada 1.000 habitantes na ilha (Evandro Badin/Getty Images)

Florianópolis: são 7,4 negócios tech a cada 1.000 habitantes na ilha (Evandro Badin/Getty Images)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 3 de setembro de 2024 às 14h55.

Não há outra cidade no Brasil com tanta empresa de tecnologia por número de habitantes como Florianópolis, capital de Santa Catarina, no sul brasileiro. São 7,4 negócios tech a cada 1.000 habitantes na ilha, à frente de São Paulo e de Curitiba, por exemplo.

O número ajudou a cidade a se tornar, por lei, a Capital Nacional das Startups.

O decreto foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, 2.

"O ambiente de negócios em Florianópolis é extremamente favorável para o surgimento e a consolidação de startups", diz o relator do projeto no Senado Federal, o senador Esperidião Amin. "A cidade oferece uma série de incentivos fiscais e programas de apoio ao empreendedorismo, que facilitam o acesso ao crédito e reduzem os custos operacionais, permitindo que essas empresas invistam mais em pesquisa e desenvolvimento e menos em burocracia e impostos”.

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Qual é a história de inovação de Florianópolis

Na cidade, que é, também, uma ilha, investimentos na área digital começaram a engatinhar na década de 1980. Na época, a cidade contava com menos de 200.000 habitantes. 

As principais universidades públicas impulsionaram o nível de desenvolvimento e escolaridade na região, com destaque para a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) e IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina). Logo depois, surgiu por ali a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), uma referência em auxiliar o desenvolvimento tecnológico, assim como a Fundação Certi.

Uma cultura de valorização à educação foi fomentada, atrelado a incentivos governamentais, com cursos e eventos gratuitos para o desenvolvimento da área de tecnologia. 

Era o embrião de um novo mercado que hoje emprega mais de 32.000 pessoas na cidade e que deu à Ilha da Magia, como Florianópolis é conhecida, um novo apelido: a Ilha do Silício -- uma referência ao Vale do Silício, polo de inovação dos Estados Unidos e berço de negócios como Google e Facebook. 

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