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A briga bilionária dos fundadores do WhatsApp com o Facebook

Os criadores do WhatsApp, Jan Koum and Brian Acton, tiveram dias difíceis desde que o Facebook comprou o aplicativo e decidiram sair da empresa.

Ícones do Facebook e do WhatsApp num iPhone (Justin Sullivan //Getty Images)

Mariana Desidério

Publicado em 9 de junho de 2018 às 07h00.

Última atualização em 9 de junho de 2018 às 07h00.

São Paulo – Apesar dos inegáveis ganhos financeiros, os fundadores do WhatsApp tiveram dias difíceis desde que decidiram vender o aplicativo ao gigante Facebook.

O Facebook levou o app por incríveis 22 bilhões de dólares, em 2014. Porém, uma reportagem publicada esta semana pelo Wall Street Journal mostra que, desde a aquisição, os criadores do WhatsApp, Jan Koum and Brian Acton, tiveram fortes desavenças com Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg.

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As diferenças de posição levaram Koum e Acton a saírem da empresa, deixando para trás mais de um bilhão de dólares. Os temas em disputa vão desde discussões sobre a monetização do WhatsApp até questões mais prosaicas envolvendo a qualidade do escritório.

Segundo o jornal, um dos pontos centrais é que Koum e Acton são contra colocar anúncios no aplicativo. Já Zuckerberg queria incluí-los na plataforma de troca de mensagens (que, diga-se, ainda não dá lucro).

Mas não foi só o modelo de negócio que colocou os criadores do WhatsApp contra seu novo sócio. Havia também insatisfação em relação ao escritório que eles receberam quando se mudaram para o Facebook, ainda segundo o WSJ.

O fato é que, em menos de um ano, tanto Koum quanto Acton optaram por sair da empresa, decisão que não foi barata. Brian Acton deixou o Facebook em setembro do ano passado. Para isso teve que abrir mão de 900 milhões de dólares em ações.

Desde que deixou a empresa, Acton já se pronunciou publicamente contra a companhia. Em março deste ano, auge do escândalo de privacidade envolvendo a rede social de Zuckerberg, Acton disse via Twitter que era “hora de deletar o Facebook”.

Já Jan Koum, que anunciou seus planos de saída em abril deste ano, deve perder algo em torno de 400 milhões de dólares em ações. No total, a saída da empresa vai custar 1,3 bilhão de dólares à dupla.

Segundo a revista Fast Company, ambos tinham contratos que os seguravam na empresa até novembro.

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