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A Apple vai surpreender no seu trimestre mais entediante?

Sem nenhum tipo de anúncio oficial ainda, é esperado que a empresa dê algum sinal do que pode lançar este ano

APPLE: empresa divulga seu trimestre menos impactante nesta terça-feira, mas há motivos para ficar atento aos resultados / Mike Segar/Reuters (Mike Segar/Reuters)
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EXAME Hoje

Publicado em 31 de julho de 2018 às 06h41.

Última atualização em 31 de julho de 2018 às 10h04.

Quando a fabricante de tecnologia Apple divulgar seu resultado trimestral mais entediante financeiramente nesta terça-feira, pode-se esperar um pouco de drama. O período é notoriamente conhecido como pacato, sem grandes vendas do smartphone iPhone , principal produto da empresa, já que a maioria dos consumidores já adquiriu um novo modelo do aparelho, ou espera pelo lançamento das novidades, que geralmente acontecem em setembro.

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E é justamente sinais do que vem por aí nos próximos meses que investidores e analistas estarão procurando hoje. Sem nenhum tipo de anúncio oficial ainda, é esperado que a empresa dê algum sinal do que pode lançar este ano. Quanto às vendas de iPhones, a estimativa é que o número suba em mais 1 milhão de aparelhos no período, para 42 milhões de unidades, com um faturamento esperado de 61,1 bilhões de dólares, 15% a mais do que no ano passado.

Dos serviços digitais da empresa, grandes responsáveis no último trimestre pela alta de faturamento e lucro por ação, espera-se uma alta de 27%, para 9,2 bilhões de dólares em faturamento. Este é um setor que o presidente Tim Cook afirmou que dobraria até 2020. No trimestre anterior, a alta nesse segmento já havia sido de 31%, com mais transações na loja online da Apple, assinaturas do serviço Apple Music e pagamentos de publicidade do Google, que aumentou as margens depois de ser alçado ao buscador de fábrica dos dispositivos iOS. Serviços foram parte dos grandes responsáveis no último trimestre pela alta de faturamento e lucro por ação.

Mas os investidores devem olhar ainda mais além nos resultados da empresa, para a China especificamente. As vendas no país voltaram a subir recentemente, depois de quedas em 2016 e 2017. No último trimestre houve uma alta de 21% para 13 bilhões de dólares. O mercado já responde por um quinto das vendas da Apple e, com as atuais tensões comerciais entre os chineses e o presidente Donald Trump, acionistas estão preocupados — não só como mercado consumidor, mas fabricante, já que os produtos da Apple são largamente fabricados na China.

Por enquanto, celulares não estão na lista de produtos tarifados por Trump, tampouco Pequim anunciou algum tipo de retaliação à empresa como forma de lidar com as ameaças comerciais.

Se tudo der certo para a Apple, este trimestre pode levar a companhia a ser a primeira a alcançar a marca de um trilhão de dólares de valor de mercado. Atualmente, a empresa vale 933 bilhões, numa corrida com a Amazon para ver quem chega lá primeiro.

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