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6 empresas que estão com a liderança ameaçada

Problemas na gestão, corrupção, concorrência e perda da preferência dos jovens são alguns dos riscos que algumas empresas líderes estão enfrentando

Primazia em xeque (.)

Karin Salomão

Publicado em 6 de março de 2015 às 09h45.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h48.

São Paulo - Acostumadas a liderarem mercados por anos, algumas grandes empresas estão vendo sua primazia ameaçada, seja pela entrada de novos concorrentes ou por mudança de compartamento de pessoas.Problemas na gestão, corrupção e crises internas agravam ainda mais a relação de algumas dessas companhias com os clientes.Veja a seguir seis grandes negócios que estão com a liderança em xeque.
  • 2. Microsoft

    2 /8(Reprodução)

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    A Microsoft já foi a maior empresa de tecnologia do mundo. Hoje, porém, ela tem de disputar participação em sistemas, navegadores de internet e celulares com outras grandes comoApple, Google e Facebook.Alguns fatos comprovam a batalha que ela está enfrentando.  O Windows Phone , por exemplo, perdeu ainda mais mercado recentemente, para os aparelhos Android e iOS. Os iPhones da Apple e os aparelhos Android da Google detém mais do que 96,4% do mercado mundial de smartphones, segundo uma pesquisa da IDC. Na Ásia, a briga é ainda mais ferrenha, entre os fabricantes de smartphones Samsung Electronics Co. e a chinesa Xiaomi. Em julho, a empresa anunciou um corte de 18 mil empregos, para focar sua divisão de smartphones apenas no desenvolvimento da plataforma Windows Phone. O sistema Windows, que é usado na grande maioria dos computadores pessoais no mundo, também encontrou certa rejeição das novas versões. Usuários estão preferindo manter as versões antigas a atualizar os computadores. O Windows 7 tem hoje mais de 55% da participação no mercado. Investidores estão preocupados de que a guinada para a computação na nuvem não esteja compensando a queda do uso do Office.  Para tentar recuperar mercado, a empresa de tecnologia tornou o pacote Office gratuito para tablets, tentando atrair novos usuários.  O Internet Explorer é outra pedra no sapato. Após perder força no mercado por anos, a empresa anunciou em janeiro que irá recomeçar do zero. A empresa anunciou o Project Spartan, navegador mais rápido e moderno.
  • 3. Sony Pictures Entertainment

    3 /8(Jonathan Alcorn/Bloomberg)

  • A posição da Sony como maior estúdio de produção de filmes de entretenimento está na berlinda desdenovembro, quando hackers invadiram seu sistema de computadores, paralisaram as operações e liberaram muitas informações sigilosas.O ataque foi uma resposta ao filme A Entrevista, comédia que retrata uma conspiração para matar o líder norte-coreano, Kim Jong-um.O custo do vazamento  com reparo de redes e arquivos pode ultrapassar R$100 milhões. O mais difícil, porém, será avaliar o custo da quebra de privacidade e de confiança. Dados de funcionários, salários pagos a atores e até e-mails mal humorados entre o produtor Scott Rudin e a então co-chairman da Sony Pictures, Amy Pascal, foram divulgados, gerando um mal estar entre a empresa e celebridades citadas. Amy Pascal acabou pedindo demissão no início de fevereiro, indo para outra divisão da empresa. Segundo analistas, a confiabilidade e a reputação da empresa estão em risco, valores que são muito importantes em Hollywood.
  • 4. McDonalds

    4 /8(Reprodução)

    Crise de batatas fritas, alimentos estragados, queda nos lucros, perda de consumidores e novos concorrentes. Os últimos meses não foram fáceis para a o McDonald’s .  Consumidores mais jovens estão deixando a rede por opções mais saudáveis e ambientes mais agradáveis para um encontro com amigos, como a Chipotle e redes mais novas, como a Shake Shack. Em uma pesquisa recente nos EUA, o YouGov BrandIndex listou as cadeias de restaurantes que eles mais gostam e o Mc Donald’s só aparece na 15ª posição.   Um escândalo envolvendo o fornecimento de carne da China abalou as vendas no continente asiático. Além disso, no início do ano a greve portuária na costa oeste dos Estados Unidos deixou vários países, como Venezuela e Japão,sem batatas fritas.No Brasil, um grupo de entidades sindicais protocolou na Justiça do Trabalho, em Brasília, uma ação civil pública contra a rede por violação de direitos trabalhistas. Os sindicalistas acusam a Arcos Dorados, maior franqueadora na América Latina, de desrespeitar a legislação trabalhista. Para responder a esses desafios, o McDonald’s nomeou um novo presidente e diretor executivo, Steve Easterbrook. Sua missão é melhorar as vendas e lucros da empresa, que em 2014 caíram pela primeira vez em 12 anos.
  • 5. Mattel

    5 /8(Richard Newton/Creative Commons)

    Os dias da Barbie como a rainha dos brinquedos estão contados. A boneca vem perdendo mercado rapidamente. O que é um grande problema, já que ela é a maior marca da Mattel , com vendas anuais estimadas em mais de US$ 1 bilhão – cerca de 15% do total da receita da empresa. Pela primeira vez, em mais de uma década, a Barbie, da Mattel, deixou de ser a boneca mais desejada pelas crianças nos Estados Unidos. O posto agora pertence aos bonecos dos personagens do "Frozen: uma aventura congelante", da Disney, especialmente à princesa Elsa. Barbie perdeu espaço até para algumas marcas da própria Mattel e de concorrentes, como a linha Lego Friends, destinada às meninas. Vista como uma fabricante de brinquedos para meninas, a Mattel perde espaço para a concorrência, como a Hasbro Inc. Para tentar reerguer as vendas, a Mattel Inc. substituiu o CEO e presidente do conselho Bryan Stockton, em janeiro. A Mattel nomeou o ex-executivo da PepsiCo Christopher Sinclair como presidente do Conselho e presidente-executivo interino.
  • 6. Tesco

    6 /8(Luke MacGregor/Reuters)

    A maior companhia supermercadista britânica, a Tesco , está sendo investigada, o que deu origem a maior crise em seus 95 anos. Executivos da companhia estão sendo interrogados por inflar os lucros de janeiro a junho em 250 milhões de libras, ou 319 milhões de euros. A empresa revisou os resultados do período de 1,4 bilhão para 1,1 bilhão de euros, depois que a diferença foi descoberta. Em outubro do ano passado, Warren Buffett, o bilionário presidente do conglomerado de investimentos Berkshire Hathaway, cortou a participação de sua companhia na conturbada varejista britânica para menos de 3%. Como resposta à crise, a varejista planeja cortar centenas de milhares de libras em custos e vender ativos para permitir preços mais baixos. Além disso, não pagará mais dividendos e vai avaliar se seguirá ou não com seuesquema de benefícios de aposentadoria para todos os funcionários.
  • 7. Petrobras

    7 /8(Yasuyoshi Chiba/AFP)

    A Petrobras hoje sofre uma crise de credibilidade que a faz perder valor de mercado a cada novo fato divulgado. Deflagrada em março de 2014, a Operação Lava Jato investiga um esquema de corrupção dentro da Petrobras, em que uma possível lavagem de dinheiro e contratos irregulares por meio de licitações beneficiaria partidos políticos. Até agora, 23 empreiteiras foram indiciadas por envolvimento na operação e outras 82 empresas estão sendo investigadas. A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras deve esquentar o clima de acusações. A comissão foi criada para analisar denúncias de corrupção na empresa de 2005 a 2015, incluindo a compra da refinaria de Pasadena , nos EUA. A ex-presidente da petroleira, Graça Foster, renunciou no início de janeiro deste ano, dias depois da divulgação atrasada do balanço não auditado do terceiro trimestre. Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil, assumiu o cargo.
  • 8. Confira também

    8 /8(Getty Images)

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