São Paulo - Pode-se dizer que junho entrará para a história na vida e nos negócios de Eike Batista. Há um ano, as empresas X vêm enfrentando o descontentamento do mercado e neste mês a crise chegou ao seu pior momento até agora. As ações da OGX, braço petroleiro e principal companhia do grupo EBX, passaram a valer menos de 1 real na bolsa. A OSX, estaleiro de Eike, é acusada de dar calote em fornecedores e pode ter débitos em atrasos em mais de 500 milhões de reais. Parte da MMX, braço de mineração, está à venda, E até as obras no hotel Marina da Glória foram suspensas devido ao mau momento enfrentado pelo bilionário. No início do mês, Eike deixou a lista dos 200 mais ricos do mundo, segundo a Bloomberg. Uma boa notícia do mês foi o nascimento do terceiro filho do empresário com a advogada Flávia Sampaio, batizado de Balder.
André Esteves é outro empresário que dificilmente passa despercebido nas notícias de negócios, mesmo se mostrando uma pessoa reservada. Por meio do BTG Pactual, banco fundado por ele, Esteves vira-e-mexe é destaque. Neste mês, o BTG anunciou uma joint venture com as operações da Petrobras na África e se tornou sócio com 50% de operação no negócio. As negociações envolvendo a MMX, mineradora de Eike, também colocaram o bilionário em evidência neste mês.
O empresário Abilio Diniz deu uma polêmica entrevista à revista Veja, em junho, a qual destaca a difícil relação com o sócio francês Jean-Charles Naouri. Abilio chegou a declarar que os dois são pessoas diferentes e que não conseguiu trabalhar com ele. "Da mesma forma que água não se mistura com azeite, não me misturo com o Jean-Charles Naouri. Como não conseguia trabalhar com ele, pedi para sair". O empresário disse também que negociou por um ano com o francês, e que, após perceber o "caráter" do inimigo, passou o controle para o Casino, "apesar de ele dizer que eu não queria passar".
Em junho, Domenico Dolce e Stefano Gabbana foram condenados a um ano e oito meses de prisão por evasão fiscal. Os estilistas, criadores da grife Dolce & Gabbana, são acusados pela promotoria de sonegação fiscal de pelo menos 1 bilhão de euros. Os promotores do caso alegam que os estilistas venderam as marcas D&G e Dolce & Gabbana para uma empresa de fachada, criada em 2004, em Luxemburgo, para evitar o pagamento de impostos na Itália.
O sexto e o sétimo homens mais ricos do mundo, os irmãos Charles e David Koch, foram destaque em junho após declararem o interesse em investir no mercado editorial e comprar jornais. Famosos pelos negócios petróleo, oleodutos, química e commodities, os dois querem diversificar a atuação e entrar em um mercado que enfrenta dificuldades em todo o mundo. "Há necessidade de notícias reais, não notícias de agenda ou notícias que são, na verdade, editadas”, afirmou Koch ao jornal americano Wall Street Journal.
A família Batista, dona do frigorífico JBS, foi destaque em junho por mais de um motivo. O primeiro deles foi a compra da marca Seara Brasil, que pertencia ao Marfrig, por 5,8 bilhões de reais. Outra razão que colocou os Batista em evidência foi a acusação do grupo Bertin sobre uma suposta fraude cometida pela holding J&F. A família Bertin alega que cotas do fundo Bertin-FIP, do qual ela participa da JBS, teriam sido desviadas para a Blessed LLC, empresa com sede nos Estados Unidos, que, segundo a ação, pertenceria ao grupo J&F. A holding nega a acusação.
Em junho também, o bilionário príncipe saudita Alwaleed bin Talal processou a revista Forbes por difamação em um tribunal britânico, alegando que a avaliação de sua fortuna em 20 bilhões de dólares ficou 9,6 bilhões de dólares abaixo do valor real. O bilionário acusou o ranking de bilionários da revista norte-americana de ser falho e tendencioso contra as empresas do Oriente Médio, depois de ter ficado na 26ª posição na lista deste ano.
O fundador da Cosan, Rubens Ometto, será julgado pela CVM. Embora o julgamento seja no próximo mês, a informação veio à tona em junho. Ometto é acusado de uso de informação privilegiada na negociação de ações às vésperas do anúncio da listagem na Bolsa de Nova York.
O empresário Marc Rich, fundador da Glencore, morreu no último dia 26, aos 78 anos. Nascido em 1934, na Antuérpia (Bélgica), o financista foi um dos fundadores em 1974 da empresa que viria a se tornar a gigante de commodities, a princípio batizada de Richco. Em 1993, vendeu a Richco a seus parceiros, que rebatizaram a companhia de Glencore.
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