10 empresas que roubaram a liderança de suas principais rivais
De fabricantes de celulares a donas de cinemas, veja as companhias que chegaram no topo e deixaram as concorrentes comendo poeira
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2012 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h14.
Por 14 anos, a finlandesa Nokia manteve o posto de número 1 no mercado de celulares, posição roubada da Motorola em 1998. Mas o longevo reinado foi perdido no primeiro trimestre deste ano, quando a Samsung registrou vendas de 92 milhões de aparelhos, contra 82 milhões da outrora líder de mercado. Há menos de cinco anos, a Samsung tinha apenas um terço do mercado da Nokia. Mas a chegada do iPhone veio para chacoalhar o setor. Desde então, a Samsung apostou forte no lançamento de smartphones para competir com o aclamado aparelho da Apple, sem deixar de vender celulares mais baratos. A Nokia, por sua vez, vem registrando prejuízos consecutivos desde que adotou o sistema operacional do Windows em seus produtos. No último trimestre, a perda foi de 969 milhões de euros.
A General Motors encabeçou as vendas de veículos por décadas a fio - foram mais de 70 anos no topo do ranking. Em 2008, sofrendo os efeitos da crise financeira global, a americana foi ultrapassada pela Toyota. A GM chegou a pedir concordata, foi socorrida pelo governo e voltou com tudo à briga. Em 2011, ano em que um terremoto e um tsunami devastaram o Japão, a concorrente foi duramente afetada. Como resultado, a GM até conseguiu retomar a coroa - mas não teve fôlego para permanecer em primeiro. Até o meio do ano, a Toyota vendeu 4,9 milhões de carros segundo dados da Bloomberg, um aumento de 34% sobre o resultado do ano anterior, quando ainda amargava as consequências da tragédia. No mesmo período, a ascensão da GM foi bem mais modesta, de apenas 2,9%, percentual que lhe garantiu 4,6 milhões de automóveis colocados na rua até junho.
2012 também foi o ano da mudança para as empresas de computadores. Em outubro, a chinesa Lenovo levou da americana HP o título de maior fabricante de máquinas pessoais. Segundo números da consultoria Gartner, a fatia de mercado da Lenovo atingiu 15,7% de julho a setembro, com uma ligeira vantagem sobre os 15,5% apresentados pela HP. Enquanto a HP perdia mercado ao tocar um plano de reestruturação interna, a Lenovo apertou o passo para se expandir, fechando parcerias e adquirindo fabricantes de componentes fora da Ásia. Um dos negócios foi fechado por aqui. No começo de setembro, a companhia comprou a brasileira CCE por 300 milhões de reais.
Os executivos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles orquestraram a tacada que uniu a Ambev com a belga Interbrew. Mas o passo seguinte daria ainda mais envergadura à resultante Inbev. Por 52 bilhões de dólares, a companhia levou a Anheuser-Busch, fabricante da Budweiser, em julho de 2008. Além de mudar o nome da cervejaria, que passou a se chamar Anheuser-Busch Inbev - ou simplesmente AB Inbev, a investida garantiu à empresa a liderança absoluta no mercado de cervejas. Até então, o posto era ocupado pela britânica SAB Miller, dona de marcas como Miller, Peroni e Grolsch. Hoje, a SAB Miller tem participação de 10% no volume de vendas, metade do total alcançado pela AB Inbev, conforme apurado pela Barth Report. No Brasil, sua controladora Ambev vende rótulos bastante conhecidos pelo público, como Brahma, Skol e Antarctica. Não por acaso, seu peso é ainda maior no país, com quase 70% do mercado nacional.
Em 2011, a rede social de Mark Zuckerberg firmou-se como a alternativa número 1 entre os brasileiros na web, quando o Facebook atingiu a marca de 36,1 milhões de visitantes. No mesmo período, o Orkut, do Google, recebeu 34,4 milhões de pessoas, segundo dados da comScore. Na prática, o acesso ao Facebook quase triplicou no período de um ano, já que a rede fechou 2010 com 12,4 milhões de visitas. De lá para cá, o crescimento não deu trégua. Hoje, estima-se que o site conte com 61 milhões de usuários no Brasil, quase um terço dos 193 milhões de habitantes do país.
O Itaú foi outra empresa que ganhou gás com uma fusão para subir no ranking do setor bancário. Ao se associar com o Unibanco, em 2008, o banco tornou-se a maior instituição privada do país, posição que era ocupada pelo Bradesco. Na época, os ativos combinados das duas empresas somavam mais de 575 bilhões de reais. Hoje, chegam a 960,2 bilhões de reais. O Bradesco segue na segunda posição do ranking, com 856,2 bilhões de reais em ativos.
Durante a década de 90, o Yahoo! ganhou fama não apenas como um endereço de buscas na web, mas como um portal de serviços variados. De cobertura de esportes, a e-mail e horóscopo, o endereço era ponto de visita de milhões e milhões de usuários pelo mundo. O século ficou para trás e os negócios da empresa também. Nesse ínterim, o Google agigantou-se e tomou boa parte do lugar da companhia. Em buscas, o Google tem atuais 66,4% de participação no mercado americano, como mostram os números da comScore. Em terceiro lugar, o Yahoo! tem 12,8%. Em maio do ano passado, o Yahoo! também perdeu para o rival a liderança em um posto que ocupou por 16 anos: o de maior plataforma para anúncios digitais.
A Huawei engorda a lista de empresas chinesas que ganharam musculatura globalmente. No fim do primeiro semestre, a companhia ultrapassou a sueca Ericsson entre as maiores fabricantes de dispositivos eletrônicos do mundo. Suas vendas no período foram de 16,1 bilhões de dólares, número superior aos 15,2 bilhões de dólares apresentados pela Ericsson. Com a desaceleração da economia e a queda nos ganhos das operadoras de telecom, a competição vem se tornando cada vez mais acirrada entre as empresas que fabricam componentes. Ao que parece, a Huawei soube tirar proveito da situação.
Depois de anunciar a compra da americana AMC Entertainment por 2,6 bilhões de dólares - maior transação já feita por uma empresa chinesa na terra do Tio Sam -, o grupo Dalian Wanda tornou-se dono da maior cadeia de cinema no mundo. Quando a aquisição foi divulgada, em maio, o Dalian Wanda controlava 730 salas na China. Nos EUA, a AMC possuía mais de 5.000 telonas. Antes do acordo, a liderança era da também americana Regal Entertainment Group, com vendas de 2,7 bilhões de dólares em 2011.
Mais lidas
Mais de Negócios
15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usadosComo a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhõesEle saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia