10 bilionários que deram (muito) o que falar neste ano
Estreantes no clube dos bilhões, brigas pelo poder, problemas com a Justiça – o que chamou a atenção em 2012
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2012 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h12.
São Paulo - Empresários bilionários chamam a atenção de todos não apenas por serem referência para quem quer, um dia, enriquecer, mas também porque suas decisões afetam a vida de milhares de empregados, o retorno de investidores e, algumas vezes, os rumos de setores econômicos estratégicos. Clique nas fotos e veja quem esteve nas manchetes neste ano.
Sara Blakely mereceu uma das capas da Forbes , ao estrear na lista das pessoas mais ricas do mundo. Aos 41 anos, a dona da marca americana de lingerie Spanx construiu um império com métodos de gestão nada convencionais. Um exemplo: provar as lingeries que produz nela mesma, em reuniões de diretoria.
Mark Zuckerberg liderou a turbulenta abertura de capital do Facebook, em maio. A operação causou mais dores de cabeça que benesses ao jovem bilionário. Em apenas um dia de agosto, ele chegou a perder 600 milhões de dólares, devido à liberação, para venda, de ações em poder de investidores como o fundo Elevation, de Bono Vox.
Em junho, o presidente do grupo francês Casino, Jean-Charles Naouri, assumiu oficialmente como chairman da Wilkes, a holding que controla o Pão de Açúcar . O episódio foi o ponto final na tentativa de Abilio Diniz de se manter à frente do grupo fundado por seu pai.
A herdeira da L’Oreal , Liliane Bettencourt, protagonizou uma ruidosa briga com sua filha pelo controle da fortuna e dos negócios no ano passado. Em 2012, ela se manteve nos jornais. Desta vez, a bilionária foi acusada de evasão fiscal na venda de uma ilha em Seychelles. A suspeita surgiu em meio a uma investigação das autoridades francesas para determinar se ela fez doações ilegais para a campanha do ex-presidente Nicolas Sarkozy.
Gina Rinehart (ao centro, de branco) é a mulher mais rica da Austrália – e uma das mais ricas do mundo. Com uma fortuna baseada no setor de mineração, Gina causou polêmica ao afirmar que as pessoas deveriam deixar de invejar sua riqueza, beberem menos e trabalharem mais.
Neto de coreanos, o bilionário japonês Masayoshi Son chegou a pensar em suicídio, dadas as dificuldades que enfrentou em sua juventude. Nos anos 80, fundou o Softbank , uma empresa de programação. Em outubro, surpreendeu o mundo ao comprar a operadora americana de telefonia Sprint Nextel por 20 bilhões de dólares – a maior aquisição já feita por uma companhia japonesa no exterior.
Este, definitivamente, não foi um bom ano para Eike Batista . O empresário despencou no ranking de bilionários do mundo, com a crescente desconfiança dos investidores em relação ao potencial de seus negócios. A queda foi tamanha que Eike perdeu, inclusive, o posto de homem mais rico do país – agora, ostentado por Jorge Paulo Lemann, um dos donos da AB InBev e do Burger King, entre outros.
O megainvestidor Warren Buffett anunciou, em abril, estar com câncer de próstata. Segundo uma carta aos acionistas de seu grupo, o Berkshire Hathaway, a doença foi descoberta em exames de rotina. Na ocasião, o bilionário mostrou confiança em sua recuperação. Outro fato que o colocou nas manchetes foi a perda da terceira posição, no ranking dos homens mais ricos do mundo, para o espanhol Amâncio Ortega, dono da Zara.
André Esteves viveu um ano bastante produtivo. Liderou a abertura de capital de seu banco, o BTG Pactual, no qual levantou 3,6 bilhões de reais; comprou empresas como a varejista carioca Leader; entrou no ramo de mineração em parceria com o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli; alcançou a 13ª posição no ranking dos mais ricos do Brasil. Sinal de sua trajetória, foi o único brasileiro listado pela Bloomberg entre os 50 banqueiros mais influentes do mundo.
Jorge Paulo Lemann tornou-se, neste ano, o homem mais rico do Brasil, desbancando Eike Batista. Com uma fortuna de 18,9 bilhões de dólares, o discreto empresário é conhecido por tacadas arrojadas nos negócios, como a criação da AB InBev, a maior cervejaria do mundo, através da fusão da brasileira Ambev com a belga Interbrew e a americana Anheuser-Busch. Com seus sócios Marcel Telles e Beto Sicupira, também comanda o Burger King.