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Xi pede que países do BRICS rejeitem o "unilateralismo"

O presidente chinês ressaltou que é preciso proteger o multilateralismo e que os países tem uma escolha entre cooperação ou conflito

Xi Jinping não citou os EUA nem o presidente americano que tem adotado medidas protecionistas (Mike Hutchings/Reuters)

Xi Jinping não citou os EUA nem o presidente americano que tem adotado medidas protecionistas (Mike Hutchings/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de julho de 2018 às 13h26.

Última atualização em 25 de julho de 2018 às 13h28.

Johanesburgo - O presidente da China, Xi Jinping, pediu nesta quarta-feira aos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que "rejeitem o unilateralismo" que impera atualmente no mundo, em uma alusão indireta aos Estados Unidos.

"Deveríamos rejeitar o unilateralismo. Os mercados e o comércio devem ser abertos", afirmou Xi em Johanesburgo na X Cúpula dos BRICS, onde insistiu que "o unilateralismo e o protecionismo desferiram um grave golpe ao multilateralismo".

O presidente ressaltou que é preciso "ser firme na proteção do multilateralismo", pois "a comunidade internacional se encontra de novo em uma encruzilhada", em um mundo que está sofrendo "mudanças profundas".

"Temos uma escolha entre cooperação ou conflito. Deveríamos procurar trabalhar juntos", indicou o líder chinês, que não citou nem os EUA nem seu presidente, Donald Trump, mas suas referências veladas eram mais do que evidentes.

A cúpula, que começou hoje e vai até sexta-feira, é realizada em um contexto internacional marcado pela política unilateral e protecionista dos EUA, enfoque do qual não compartilham os BRICS, mais partidários do multilateralismo e do livre-comércio.

Os EUA são o principal parceiro comercial da China, com uma balança deficitária para os americanos de US$ 375 bilhões em 2017, número recorde que Trump quer reduzir em US$ 200 bilhões até 2020.

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