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Wulff lembra o horror nazista no 70º aniversário de Wannsee

A Conferência de Wannsee, realizada dia 20 de janeiro de 1942, aconteceu para organizar a chamada 'solução final' ou extermínio dos judeus

O presidente alemão, Christian Wulff, afirmou sentir 'raiva e vergonha', pela existência de grupos de assassinos racistas na Alemanha atual (Adam Berry/Getty Images)

O presidente alemão, Christian Wulff, afirmou sentir 'raiva e vergonha', pela existência de grupos de assassinos racistas na Alemanha atual (Adam Berry/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 12h51.

Berlim - O presidente alemão, Christian Wulff, lembrou o genocídio sistemático planejado pela tecnocracia nazista, por ocasião do 70º aniversário da Conferência de Wannsee, realizada dia 20 de janeiro de 1942, para organizar a chamada 'solução final' ou extermínio dos judeus.

Wannsee, nos arredores de Berlim, foi o lugar onde o alto conjunto de funcionários nazistas, liderados por Adolf Eichmann, iniciou 'o extermínio organizado e o assassinato sistemático dos judeus europeus', disse Wulff, na abertura de um seminário internacional sobre essa reunião.

Apesar do horror desencadeado durante o nazismo, ainda hoje o país não está livre do perigo que representa a extrema-direita, acrescentou o presidente, que afirmou sentir 'raiva e vergonha', pela existência de grupos de assassinos racistas na Alemanha atual.

Wulff ratificou seu compromisso com o esclarecimento dos assassinatos em série de imigrantes, cometidos pela célula neonazista descoberta em novembro e que desde os anos 90 atuava impunemente.

Dessa forma, relacionando o horror do Holocausto à extrema-direita atual, Wulff abriu o seminário internacional organizado pelo aniversário da Conferência de Wannsee de 1942. Nas sessões acadêmicas participarão o historiador britânico Peter Longerich, o alemão Eckart Conze e o americano Mark Roseman.

A Conferência de Wannsee foi convocada como uma espécie de 'café da manhã de trabalho' pelo chefe de Segurança do Reich, Reinhard Heydrich, com a participação dos secretários de Estado dos principais ministérios e Adolf Eichmann, autor do plano.

Seu único tema era o planejamento da 'solução final', cujo protocolo foi redigido pelo próprio Eichmann, principal responsável e coordenador das deportações, embora a última responsabilidade correspondesse a Heinrich Himmler, chefe da SS.

Eichmann, condenado e executado em Israel em 1962, foi o autor dessa maquinaria, enquanto o restante dos presentes - 14 altos funcionários - eram essencialmente tecnocratas e secretários de Estado dos ministérios envolvidos no genocídio.

O Holocausto já acontecia plenamente no Báltico, Belarus e Ucrânia, mas o Terceiro Reich pretendia sistematizá-lo até exterminar 11 milhões de judeus em todo o mundo. 

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