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WikiLeaks: petróleo não é milagre para economia venezuelana

Documentos da embaixada dos EUA em Caracas afirmam que o país já se encontra em deterioração econômica

Segundo o vazamento do WikiLeaks, até popularidade de Chávez vem caindo (Michael Nagle/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 17h37.

Madri - A indústria petrolífera é incapaz de fornecer os fundos para dar ritmo à economia da Venezuela para torná-la competitiva, mas o país está em deterioração econômica que já se refletiu inclusive na queda da popularidade do presidente Hugo Chávez, tal como indicam o vazamento de documentos secretos da embaixada dos EUA em Caracas, realizado pelo site WikiLeaks.

As informações divulgadas pelo WikiLeaks e publicadas na Espanha pelo diário "El País" sobre o vazamento de correspondências mantidas entre a embaixada americana na Venezuela e o Departamento de Estado americano indica um difícil panorama da indústria petrolífera, motor da economia venezuelana.

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"Problemas de controle de qualidade, dificuldades financeiras, números de produção infladas, preços manipulados e necessidade premente de investimentos externos" são algumas das falhas apontadas pelos documentos vazados pelo WikiLeaks e divulgadas pelo diário espanhol.

Os despachos americanos destacam que os recursos petrolíferos não puderam corrigir o rumo de uma economia afetada pela hiperinflação, recessão e inclusive o racionamento de serviços básicos.

As correspondências em questão assinalam que a embaixada americana em Caracas entrou em contato com altos funcionários da companhia petrolífera venezuelana estatal PDVSA e do Ministério de Energia e Petróleo do país.

Segundo os documentos, são reforçadas as suspeitas sobre a propensão do Governo de Chávez a manipular as estatísticas oficiais, assinala o embaixador americano Patrick Duddy ao Departamento de Estado americano.

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