Wang Haoze: a terceira mulher da China a conquistar o espaço
Única engenheira espacial chinesa na missão, Wang Haoze avança no programa espacial Tiangong
Agência
Publicado em 12 de novembro de 2024 às 15h11.
A taikonauta Wang Haoze é a única engenheira espacial a participar de uma missão tripulada da China em 2023, integrando a equipe que atua na estação espacial Tiangong. Este feito fez com que Wang se tornasse a terceira mulher chinesa a alcançar o espaço.
A jornada de Wang Haoze até a missão espacial
Wang iniciou sua trajetória acadêmica em 2012, cursando Engenharia Térmica e de Energia na Universidade do Sudeste, em Nanquim. Durante seus estudos, ela se interessou pela área espacial e, próxima à graduação, enviou seu currículo ao Instituto de Propulsão Aeroespacial de Pequim, um dos principais centros de pesquisa em motores de foguetes da China.
Após um rigoroso processo de seleção, Wang ingressou no instituto em 2015 como projetista de motores de foguetes, onde contribuiu para o desenvolvimento de novos modelos de motores. Em 2018, ela candidatou-se à terceira geração de taikonautas da China, uma seleção que atraiu 2.500 candidatos. Ao ser aprovada, Wang passou por rigorosos testes, incluindo treinamento de sobrevivência em desertos e no mar, além de um desafio de 72 horas de privação de sono. Em setembro de 2020, Wang foi confirmada como uma das taikonautas selecionadas para o grupo, composto por 17 homens e dividido em três categorias: pilotos de naves, engenheiros de voo e especialistas em carga útil.
Participação feminina no espaço
Antes de Wang Haoze, as taikonautas Liu Yang, em 2012, e Wang Yaping, em 2021, participaram de missões espaciais chinesas. Durante o treinamento, Wang recebeu orientações das veteranas, que compartilharam suas experiências em missões anteriores, o que foi fundamental para sua preparação e sucesso na missão.
Programa espacial chinês e Estação Tiangong
A estação espacial Tiangong, que orbita a Terra a aproximadamente 400 km de altitude, foi projetada para operar por pelo menos 10 anos, funcionando como um laboratório nacional no espaço. Sua construção foi concluída em 2022 com os módulos Wentian e Mengtian. Desde então, a Tiangong abriga projetos científicos e tecnológicos, incluindo 110 experimentos em áreas como biomedicina e tecnologias aeroespaciais em microgravidade. A missão atual visa consolidar essas capacidades tecnológicas, ampliando o domínio da China em operações espaciais de longo prazo.