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Votação da Lei da Copa é adiada para próxima semana

Quase todos os partidos da base aliada se posicionaram contra a votação do projeto

A sessão desta quarta-feira foi tumultuada (Agência Brasil)

A sessão desta quarta-feira foi tumultuada (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2012 às 18h15.

Brasília - A crise na base aliada da presidente Dilma Rousseff impediu a votação do projeto da Lei Geral da Copa nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados. O principal foco de insatisfação é a falta de uma data para a votação do novo Código Florestal, mas partidos aliados aproveitaram o clima de insatisfação na Casa para impedir a aprovação do projeto envolvendo o Mundial de 2014.

A sessão desta quarta-feira foi tumultuada. Quase todos os partidos da base aliada se posicionaram contra a votação do projeto. Eles ameaçaram apoiar um requerimento da oposição que pedia a retirada de pauta. Por fim, decidiram por obstruir a sessão, impedindo que se alcançasse o quórum de 257 deputados para a votação do requerimento. Com isso, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), encerrou os trabalhos. E a votação da Lei Geral da Copa ficou para a próxima semana.

"Se fosse votar o mérito, temo que não tivéssemos votos para aprovar, o que seria uma sinalização ruim do País para a Fifa. Então precisamos trabalhar para que essa maioria silenciosa de hoje se transforme numa maioria estridente a favor na semana que vem", disse um dos líderes que trabalhou pela obstrução, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Além do Código Florestal, diversos deputados criticaram a condução do governo no debate sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante os eventos da Fifa. Também nesta quarta-feira, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, fez nova mudança no entendimento sobre o tema. Segundo ele, mesmo com o texto original, que apenas retira a proibição do Estatuto do Torcedor, não seria necessário que os Estados alterassem leis contrárias à venda de bebidas alcoólicas. Grande parte dos deputados, porém, desconfia que esse discurso não se sustentaria no Judiciário e, na prática, os Estados teriam de alterar suas leis.

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