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Ebola pode ficar em esperma por três meses, alerta OMS

Organização alerta que ebola é "transmitido entre humanos por meio de contato físico direto com fluidos infectados, como sangue, fezes e vômito"


	Ebola: a OMS tenta esclarecer em quais circunstâncias a doença tem sido transmitida
 (Cynthia Goldsmith/AFP)

Ebola: a OMS tenta esclarecer em quais circunstâncias a doença tem sido transmitida (Cynthia Goldsmith/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 16h37.

Genebra - O vírus do ebola pode ser transmitido pelo esperma, mesmo três meses depois de um paciente ter sido curado da doença.

Um levantamento publicado nesta segunda-feira, 06, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) insiste que não existem indicações de que o vírus que está causando um caos no oeste da África possa passar de uma pessoa a outra apenas pelo ar.

Mas alerta que o ebola é "transmitido entre humanos por meio de contato físico direto com fluidos infectados, como sangue, fezes e vômito".

Diante de um número cada vez mais assustador de casos de pessoas contaminadas, a OMS tenta esclarecer em quais circunstâncias a doença tem sido transmitida.

Além de um contato com o sangue, o vírus também é propagado pelo contato com a urina de um doente ou pelo leite materno.

Lágrimas e salivas também podem transmitir o vírus, ainda que os estudos conduzidos sobre o assunto sejam limitados.

A entidade aponta que estudos têm revelado que o vírus persiste no sêmen por pelo menos 70 dias, enquanto existem indicações que poderia superar até mesmo 90 dias.

Outra forma de contágio é o contato com superfícies e objetos que tenham sido tocados por fluidos de pessoas contaminadas.

Mas a OMS deixa claro que "o risco de transmissão" nesses casos é "baixo" e que tal problema pode ser reduzido com uma limpeza constante dos objetos.

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Apesar de altamente contagiante, o vírus não se propaga pelo ar.

Segundo a OMS, "esse modo de transmissão não tem sido observado". Ser contaminado por meio de uma tosse ou um espirro, portanto, seria "raro".

Mas a entidade alerta que, teoricamente, tocar em uma gota de um líquido ou muco de uma pessoa infectada poderia transmitir o vírus.

Mas a pessoa infectada precisaria estar em uma curta distância.

A OMS também alerta que, por enquanto, não registrou qualquer evidência de uma mutação do vírus do ebola, o que garante que o modo de transmissão continua igual.

Para a entidade, o que existe até agora é "pura especulação" de que o vírus tenha sofrido uma mutação e, para frear o vírus, o que precisa ser feito é implementar as medidas de prevenção que já existem.

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