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Venezuela tem 1.157 estrangeiros presos, diz ministra

Ministra Iris Varela disse que o número inclui pessoas "de todas as nacionalidades" e ressaltou que 957 são colombianas

Venezuela: "O que veio eternamente da Colômbia, infelizmente? Prostituição, tráfico de drogas, assassinos de aluguel, modalidades criminosas que não eram conhecidas aqui", disse ministra Iris Varela (Ueslei Marcelino/Reuters)

Venezuela: "O que veio eternamente da Colômbia, infelizmente? Prostituição, tráfico de drogas, assassinos de aluguel, modalidades criminosas que não eram conhecidas aqui", disse ministra Iris Varela (Ueslei Marcelino/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 18h28.

Caracas, 16 fev - A ministra para o Sistema Penitenciário da Venezuela, Iris Varela, informou na madrugada desta sexta-feira que pelo menos 1.157 estrangeiros condenados ou processados pela Justiça estão reclusos nas prisões do país e que o número é ainda maior se forem incluídos os que estão detidos, mas sem julgamento.

Em entrevista ao canal estatal "VTV", a ministra explicou que o total de 1.157 inclui pessoas "de todas as nacionalidades" e ressaltou que 957 são colombianas.

"O que veio eternamente da Colômbia, infelizmente? Prostituição, tráfico de drogas, assassinos de aluguel, modalidades criminosas que não eram conhecidas aqui, mas foram a cultura do paramilitarismo inventada por Álvaro Uribe (ex-presidente colombiano)", disse.

Entre os réus também estão 12 provenientes do Brasil, 23 da República Dominicana, 22 do Peru, 19 do Equador, 13 da Nigéria, nove da Espanha, nove do México, sete da China, sete de Cuba, seis da Itália, cinco dos Estados Unidos, cinco da Guiana, quatro de Honduras, quatro do Reino Unido, três de Libia, dois da Argentina, dois da Grécia, dois do Haiti; entre outros.

Varela ressaltou que essa lista de estrangeiros provém de uma data atualizada de seu ministério, mas que o total de estrangeiros conta com "muitos mais" que não estão reclusos em prisões adscritas ao ministério ou que estão em fases preliminares dos processos judiciais.

Assim como o presidente Nicolás Maduro, a ministra negou que exista um "êxodo em massa" de venezuelanos que abandonam o país devido à severa crise econômica.

"A maioria dos que estão saindo são os frustrados das guarimbas (protestos antigovernamentais violentos). Tomara que não retornem nunca mais. O venezuelano que ama a pátria daqui não se vai, portanto o que vai embora não é necessário. Por mim, que saiam todos esses animais", expressou Varela.

"Que fiquemos aqui os revolucionários, vamos construir este país sem essa praga. Nós vamos ser melhores, essa praga não é necessária aqui, por mim que se vão todos", acrescentou.

Os comentários de Varela repercutiram no Twitter e o vídeo com as essas declarações foram divulgados em várias redes sociais, nas quais os internautas pediram que seja aplicada a chamada Lei Contra o Ódio aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte em novembro do ano passado.

Essa lei, emitida pelo fórum formado apenas por chavistas, pune com até 20 anos de prisão, ameaça fechar veículos de imprensa e ilegalizar partidos políticos que promovam o fascismo.

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