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Vargas Llosa: "Desaparecimento de Bin Laden é boa coisa"

Escritor celebrou a morte morte do terrorista, mas preferia que Bin Laden tivesse sido punido "de acordo com a legalidade"

Vagner Llosa torce pelo fim da Al Qaeda (Daniele Devoti/WIKIMEDIA COMMONS)

Vagner Llosa torce pelo fim da Al Qaeda (Daniele Devoti/WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 19h56.

Madri - O escritor peruano Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura de 2010, afirmou nesta quarta-feira que a morte do Osama bin Laden "é algo que todos nós temos de celebrar", embora ele preferisse que os crimes do líder terrorista tivessem sido punidos "de acordo com a legalidade".

"(Bin Laden) foi um homem que criou um tipo de fanatismo, infelizmente, seguido por muita gente e que provocou incontáveis sofrimentos no mundo inteiro", comentou Vargas Llosa, pouco antes de inaugurar uma exposição em Madri sobre sua obra. Em suas palavras, o líder da rede terrorista Al Qaeda foi "um dos grandes criminosos de nossa época".

"Tomara que esse golpe signifique o início do fim da Al Qaeda, mas ainda restam muitos fanáticos soltos. Mas acho que é um feito que possui uma significação, um simbolismo. E sempre dá um certo alívio sentir que os grandes criminosos, de alguma maneira, são punidos", ressaltou.

Osama bin Laden foi morto no domingo passado por um grupo militar dos comandos Seals - pertencente à Marinha americana -, durante uma operação secreta planejada pelos Estados Unidos e executada na localidade de Abbottabad, nos arredores de Islamabad.

Apesar de celebrar a morte do homem mais procurado pelos EUA, Vargas Llosa afirmou que teria preferido "que Bin Laden tivesse sido julgado e que seus crimes tivessem sido expostos e tivessem sofrido uma punição de acordo com a legalidade".

"Não foi assim, infelizmente, mas acho que, pesando os prós e os contras, o desaparecimento de Bin Laden é uma boa coisa para o mundo", encerrou o escritor.

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