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Usina flex torna Brasil líder, diz Lula

Para Lula, países mais ricos deverão seguir o exemplo da termoelétrica a gás convertida à flex

Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, diz que preocupação com o aquecimento global podem impulsionar a produção de etanol (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, no programa "Café com o Presidente" desta segunda-feira, a importância do etanol para se obter uma matriz energética menos poluente e citou como exemplo a inauguração da primeira termoelétrica a álcool em Juiz de Fora (MG), na semana passada.
O presidente afirmou que o país tem outras termoelétricas a gás que podem ser convertidas para álcool para garantir "tranquilidade" no fornecimento de energia. O presidente inaugurou, em Minas, a conversão da primeira usina termoelétrica do mundo a usar etanol como combustível.

"Era uma termoelétrica a gás que agora virou uma termoelétrica flex, ou seja, ela pode utilizar tanto álcool como pode utilizar gás", afirmou no programa de rádio semanal. "E isso é extremamente importante porque é uma novidade extraordinária que vai poder colocar o Brasil outra vez na ponta da produção de energia elétrica com a termoelétrica a gás", disse.

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Lula lembrou o aquecimento global e a maior preocupação com questões ambientais como fatores que podem impulsionar a produção brasileira de etanol. O presidente citou como exemplo a Europa, que pretende incluir 10 por cento de etanol na gasolina até 2020.

"Os países ricos terão que seguir a trajetória do Brasil e mudar um pouco a sua matriz energética na questão de combustível", afirmou o presidente.

"Sobretudo agora que nós estamos discutindo a questão do aquecimento global, o Brasil, mais uma vez, sai na frente e apresenta ao mundo que é possível criar uma matriz energética menos poluente que é o etanol, e que pode gerar muitos empregos", afirmou Lula.

No programa, o presidente também ressaltou a importância de investimento em pesquisa para impulsionar o desenvolvimento do país. E ainda citou estudos do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, que pretende, dentre outros objetivos, produzir etanol de segunda geração, a partir do bagaço da cana-de-açúcar.

"Eu, particularmente, estou convencido que o momento é de investimento em educação e inovação tecnológica e isso vai fazer toda diferença para o crescimento e desenvolvimento do nosso país. Acredito que o Brasil está no caminho certo para se desenvolver e ganhar peso internacional no setor da inovação tecnológica."

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