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Unesco vê destruição cultural por radicais islâmicos

Radicais islâmicos fizeram a demolição deliberada de locais antigos na Síria e no Mali

Atentado na Síria: a destruição do patrimônio e da cultura faz parte dessa estratégia extremista, segundo a Unesco (Ammar Abdullah / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2016 às 16h31.

Cabul - A comunidade mundial ainda tem que encontrar uma resposta adequada à destruição cultural como a demonstrada pela demolição deliberada de locais antigos na Síria e no Mali por radicais islâmicos , disse a chefe da organização cultural da ONU .

Irina Bokova, diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) disse que demorou algum tempo para as autoridades responderem de forma significativa ao que os grupos extremistas estavam fazendo.

Esses grupos normalmente procuram limpar o terreno para perseguir minorias e consolidar o poder pela "limpeza cultural", removendo vestígios de outras culturas, disse ela à Reuters em uma entrevista em Cabul.

Quinze anos atrás, o Taleban afegão deu um dos exemplos mais notórios recentes quando explodiu duas estátuas gigantescas antigas de Buda em 2001, decretando que eram anti-islâmicas.

Mas a destruição de santuários medievais em Timbuktu por jihadistas do Mali em 2012 e, em seguida, a destruição por militantes do Estado Islâmico de partes da antiga cidade de Palmira na Síria no ano passado ressaltaram o perigo, disse Bokova, que está entre os candidatos para assumir no final do ano a secretaria-geral da ONU.

"Eu tenho que dizer que no início da crise síria não fomos levados a sério quando começamos a denunciar essa destruição", disse Irina, ex-ministra das Relações Exteriores da Bulgária.

"Agora eu acho que as pessoas veem o perigo que é. Eu sei que não é fácil, mas agora todo mundo leva a sério a destruição do patrimônio e da cultura como parte dessa estratégia extremista. Provavelmente é a personificação mais visível disso, mesmo", disse ela.

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Irina Bokova, diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) disse que demorou algum tempo para as autoridades responderem de forma significativa ao que os grupos extremistas estavam fazendo.

Esses grupos normalmente procuram limpar o terreno para perseguir minorias e consolidar o poder pela "limpeza cultural", removendo vestígios de outras culturas, disse ela à Reuters em uma entrevista em Cabul.

Quinze anos atrás, o Taleban afegão deu um dos exemplos mais notórios recentes quando explodiu duas estátuas gigantescas antigas de Buda em 2001, decretando que eram anti-islâmicas.

Mas a destruição de santuários medievais em Timbuktu por jihadistas do Mali em 2012 e, em seguida, a destruição por militantes do Estado Islâmico de partes da antiga cidade de Palmira na Síria no ano passado ressaltaram o perigo, disse Bokova, que está entre os candidatos para assumir no final do ano a secretaria-geral da ONU.

"Eu tenho que dizer que no início da crise síria não fomos levados a sério quando começamos a denunciar essa destruição", disse Irina, ex-ministra das Relações Exteriores da Bulgária.

"Agora eu acho que as pessoas veem o perigo que é. Eu sei que não é fácil, mas agora todo mundo leva a sério a destruição do patrimônio e da cultura como parte dessa estratégia extremista. Provavelmente é a personificação mais visível disso, mesmo", disse ela.

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